Tiago Nunes bate de frente com a realidade corintiana
Na entrevista que deu após o empate do Corinthians com o Santo André, repita-se, um bom resultado, pelas circunstâncias, Tiago Nunes deu entrevista ponderada em que pareceu consciente dos desafios postos a quem assume o Alvinegro.
Pediu até desculpas por Yony González.
O xis do problema está em erros ja cometidos que dificilmente poderão ser corrigidos.
A começar pela maneira como dispensou Ralf, ídolo da Fiel, único remanescente, ao lado de Cássio, do título mundial de 2012.
A cobrança viria a qualquer hora e veio mais cedo do esperado.
A continuar pela contratação de Luan, aposta perdida por Renato Portaluppi e que Nunes, arrogantemente, achou que poderia ganhar.
Ao fazer de Pedro Henrique, Camacho e Sidcley seus titulares, todos eles com passagem sem brilho pelo próprio Corinthians, deu mais um passo arriscado.
Não entendeu que entre se dar bem no Athletico e no Corinthians vai uma diferença ponderável.
Poderia ter evitado tudo isso se tivesse assumido o time assim que o Athletico o dispensou, mas preferiu tirar férias, sem botar o pé na lama, noutra atitude de excesso de confiança, de quem não sabia exatamente o tamanho da missão a ser assumida.
Se não bastasse, instituiu um regulamento interno desses típicos de escolinhas pré-maternais, ofensivo aos atletas.
Os resultados estão aí.
Nunes já é chamado pela Fiel de Péricles Chamusca, de Milton Mendes, de nomes de treinadores que fizeram um brilhareco um dia e nunca mais.
Que ele tenha tempo suficiente para mostrar seu trabalho, que possa mostrar quão precipitadas são as críticas, que "cale os críticos".
Mas que reveja seus métodos, mantenha a humildade da entrevista e seja seguro ao implantar o modelo de jogo que deseja para o time.
Porque o modelo está certo, errado está o método.
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Colunas na Folha: https://www1.folha.uol.com.br/colunas/jucakfouri/