Que saudade do Santos e do Palmeiras...
Intenso, rápido, pressionando, o Santos prometeu mais do que cumpriu no primeiro tempo contra o Palmeiras.
Porque embora mandasse no jogo, perigo mesmo só levou uma vez, e mesmo assim em cobrança de falta por Carlos Sánchez que Weverton defendeu bem.
Já o Palmeiras decepcionou pela impotência, incapaz de criar coisa alguma, à espera de um erro santista ou de uma bola vadia para contra-atacar.
O 0 a 0 foi inevitável, entre outras coisas porque Soteldo ainda não conseguiu repetir suas atuações do ano passado.
Como foram inevitáveis dois cartões amarelos: uma para Felipe Melo por pisar no rival e outro para Vanderlei Luxemburgo que reclamou, sem razão alguma, ao dizer que não havia acontecido o pisão.
Melo, que jogou muito bem, está suspenso e não enfrentará a Ferroviária. Luxemburgo precisava melhorar ao desempenho de seu time.
Sem poder de decisão, o Santos corria dois riscos para o segundo tempo: ser vítima do maior poder individual do Palmeiras e a provável entrada de Rony, para explorar os lados do campo. Willian não estava bem e a bola não chegava em Luis Adriano.
O Santo André festejava o resultado parcial que o mantinha na liderança do grupo alviverde.
E tinha menos gente do que o Santos pretendia no Pacaembu, apenas 20 mil torcedores. Porque, você sabe, os paulistas adoram o estadual.
Luís Felipe e Jobson nos lugares de Jonatan e Alísson machucados.
Rony e Gabriel Veron nos lugares de Luis Adriano e Raphael Veiga.
Com quatro mexidas, o segundo tempo começou.
Jesualdo Ferreira obrigado, Luxemburgo por opção.
O segundo tempo começou morno, mas aos 8 minutos o Palmeiras conseguiu seu primeiro contra-ataque com Willian.
Um minuto antes, Pará fez pênalti ao meter o braço na bola, mas o levantador de bandeirinha marcou impedimento inexistente de Rony.
Mais um erro grave no Paulistinha sem VAR.
Matias Viña se machucou e Diogo Barbosa o substituiu, logo aos 13', última troca palmeirense.
Sasha teve chance clara, aos 18', mas chutou errado.
Há quem chame o jogo de Clássico da Saudade, alusão aos anos 1950/60.
Nem precisa de tanto. Dava saudade dos jogos entre os dois no ano passado mesmo, 4 a 0 para o Palmeiras, no Pacaembu, 2 a 0 para o Santos, na Vila Belmiro.
A sensação que se tinha, aos 20 minutos, era a de que se saísse gol seria do Palmeiras, mais pela capacidade individual que pelo jogo coletivo, porque mesmo com Rony e Veron abertos o time insistia em jogar pelo meio.
Quando o jogo chegou aos 30' estava duro, duríssimo de ver.
Aos 31, gol!
Gol anulado, de Rony, corretamente, ao pegar, em impedimento, o rebote de grande defesa de Éverson em chute de Willian.
Arthur Gomes no lugar de Pituca, aos 33'.
Não precisa comparar com o Liverpool, nem com o Manchester City, nem com o Bayern Munique. Se o Flamengo pegar qualquer um dos dois enfia uma goleada.
Rony pôde abrir o placar, mas deu um chute horroroso, aos 37'.
Aos 38' o Santos perdeu gol, aos 39' quem perdeu foi o Palmeiras e, mais como pelada que como clássico, o jogo teve momentos de emoção.
Mas foi tudo.
Ou melhor, foi só.
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