Juiz impede o calote pretendido pelo Botafogo empresa
O juiz Bruno de Paula Manzini, da 4ª Vara do Trabalho do Rio de Janeiro, impediu que o estádio Nilton Santos faça parte dos encaminhamentos para o Botafogo se transformar em empresa, comunicou o clube sobre a decisão (e o clube fez-se de surdo), e considera que "a tentativa de transferência a terceiros do principal ativo da sociedade" revela-se uma "fraude a execução", como informa o blog da repórter Gabriela Moreira, do globoesporte.com .
O magistrado (foto) acertou no alvo.
Como já alertado, o cartola-mor do clube, Carlos Augusto Montenegro, conduz um processo que se aproveita da brecha imoral aberta na lei apadrinhada por Rodrigo Maia para transformar o Botafogo em empresa, mesmo sem investidores, e, em seguida, pedir recuperação judicial, com o que os direitos da empresa voltam ao clube e a dívida passa a ser renegociada em condições adversas aos credores.
Manzini percebeu o calote embutido na oferta do estádio, que o Botafogo ganhou à custa de dinheiro público, como patrimônio maior da transformação do clube em empresa, e a vetou em nome da dívida trabalhista da agremiação.
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