Guardiola dá xeque-mate em Zidane
Há jogos e jogos, empates 0 a 0 e empates 0 a 0.
O do primeiro tempo no Santiago Bernabéu entre Real Madrid e Manchester City nem foi propriamente um jogo de futebol, mas de xadrez.
A tal ponto que o goleiro Ederson foi o principal lançador do City, tamanha a pressão madridista na saída de bola.
Então os 45 minutos iniciais se transformaram em disputa tática de poucas emoções.
Duas dos pés de Gabriel Jesus, com gols evitados por Courtois em passe magistral de De Bruyne e por Casemiro, na linha fatal.
Outra em cabeçada de Benzema que Ederson defendeu milagrosamente e Vinícius Júnior perdeu no rebote, ao se atrasar meio segundo.
Extenuante primeiro tempo, mais para as cabeças que para os pulmões.
O segundo começou com os ingleses bem mais agressivos e por três vezes Mahrez pôde abrir o placar, mas Courtois evitou.
Então, Rodrigo falhou na sua intermediária e o menino Vinícius Júnior deu para Isco fazer 1 a 0.
Não era justo, mas era o que era.
Restou ao Kevin De Bruyne resolver o jogo.
Primeiramente com uma jogada maravilhosa que culminou com passe na cabeça de Gabriel Jesus e o empate, ao ganhar de Sergio Ramos na pequena área.
Segundamente ao converter pênalti cometido sobre Sterling e resolver o trauma do City na cobrança de pênaltis.
Ao fim, Sergio Ramos ainda foi expulso ao fazer falta na entrada da área em Jesus.
O City segue firme em busca do inédito título na Champions.
O Real vê o 14º escapando.
Pep Guardiola manteve a tradição de se dar bem no estádio do Real e fez jus ao elogio que recebeu, antes do jogo, de Zinedine Zidane, que o classificou como o melhor técnico do mundo.
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Colunas na Folha: https://www1.folha.uol.com.br/colunas/jucakfouri/