A ressaca corintiana
Como avisei na nota que tratava do medo que rondava Itaquera, estou bem longe de Itaquera, para poucos dias de folga.
Apenas imagino o clima no Corinthians.
Uma eliminação é sempre dolorida e às vezes acontece por acaso.
Poderia ter sido o caso desta novamente contra o Guaraní, quando o Alvinegro até jogou para sobreviver.
Mas exatamente por ter sido outra vez contra o mesmo time, convenhamos, não dá para dizer que foi acidente.
O grave nem é a eliminação.
O grave é perceber como o Corinthians perdeu protagonismo depois de ter dominado a segunda década do século 21.
E perdeu porque Andrés Sanchez é o Eurico Miranda do Parque São Jorge.
Arrogante, péssimo gestor, mal-educado, e certo de que é a última bolacha do pacote.
Pois não é.
O Corinthians está endividado graças à megalomania que o caracteriza e perde o bonde da história , num momento em que os clubes mais responsáveis tratam de olhar para o futebol globalizado com olhos contemporâneos e competentes.
Competência que exige administrações modernas e não as típicas de barracas de feira.
O risco corrido pelo Corinthians não é diferente das situações do Vasco e, mais recentemente, do Cruzeiro.
E olhe que não há clube no país, nem mesmo o Flamengo, com tanto potencial, pelo número de torcedores que tem em seu estado, como o Corinthians.
Em mãos erradas o desastre pode ser diretamente proporcional ao seu potencial.
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