A questão da venda de mando de campo
Tardou, tardou demais, mas, enfim, no Brasileirão deste ano acabou a farra de vender mandos de campo.
Porque evidentemente trata-se de prática que mexe no equilíbrio do campeonato.
Quantas vezes times paulistas não foram favorecidos por irem jogar no norte do Paraná, onde são majoritários, contra clubes que, em busca de renda, e já sem ter por que lutar, venderam seus jogos e abdicaram da vantagem do fator campo?
É óbvio que a prática favoreceu os visitantes e prejudicou todos os demais clubes que jogaram na casa do mandante vendedor.
Pode-se argumentar que há exceções, que o Flamengo, por exemplo, ao levar um jogo seu para fora do Rio terá mais torcida a favor que o adversário.
Mesmo assim não se justifica.
Quando o Flamengo, por hipótese, transferisse para Fortaleza um jogo contra o Inter, obrigaria o time gaúcho a fazer viagem bem mais desgastante do que ir ao Rio.
Fato é que o expediente é impensável em qualquer torneio sério pelo mundo afora, um jaboticaba que, feliz e tardiamente, está adotada no Brasil.
Fica só uma dúvida: é para comemorar ou ter vergonha de só agora entrar em vigor?
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