O VAR e a arrogância inglesa
Quem já foi rei reluta em perder a majestade.
Donos de um império onde o sol jamais se punha, os ingleses repetem agora no futebol a mesma arrogância que os levaram a não disputar as três primeiras Copas do Mundo, em 1930/34 e 38.
Afinal, diziam, tinham inventado o futebol moderno e não precisavam provar que eram os melhores.
Até virem ao Brasil, na Copa de 1950, e serem eliminados pelos Estados Unidos, em Belo Horizonte.
O alvo da hora é o VAR.
Resolveram que só o usarão para evitar "erros claros e evidentes" dos árbitros, medida subjetiva e que só causará confusão.
A decisão tem mais a ver com a marcação de impedimentos milimétricos, algo que, de fato, tem causado paralisações excessivas e demoradas.
Era inevitável.
E enquanto a regra do impedimento for mantida como é não haverá outra solução se não a de usar a tecnologia e marcar a vantagem imperceptível a olho nu.
Mas será preciso adequar o espírito da lei aos recursos da tecnologia.
A solução é clara: mudar a regra e estabelecer que haverá o impedimento quando a vantagem for de um corpo — nem 10, nem 20, nem 30 centímetros, mas um corpo –medida clara que não deixa dúvidas e tem fronteira evidente.
A International Board precisa agir rapidamente.
Em julho passado já tratava do tema AQUI.
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Colunas na Folha: https://www1.folha.uol.com.br/colunas/jucakfouri/