Critérios de Avaliação do Medo
POR ANTONIO CARLOS SALLES*
Ontem vi Casemiro fazer dois gols de forma estilosa, como se imitasse seu treinador Zidane, batendo de curvinha na bola e cabeceando de cima para baixo, de olhos abertos e consciente.
Brutal!
Lembrei do medo que senti quando ele ficou fora do jogo contra Belgica na Copa da Rússia. Com razão.
Tenho acompanhado a transformação porque passa Gabriel Jesus, que Pepe Guardiola tratou de desconstruir após o fiasco na função de atacante-marcador com Tite, para voltar a brilhar com confiança, como goleador.
Gelo só de pensar em vê-lo retroceder nas eliminatórias que se aproximam.
Ou, assustador, se Firmino não for o titular da seleção pelo que tem jogado com Klopp.
Pelo que se viu na festiva e descompromissada Flórida Cup, você apostaria em Felipe Melo como zagueiro no primeiro combate?
E o treinador corinthiano, terá entendido o significado de entregar um título ao rival?
Hora do calmante.
O brilhante Mauro Cezar da ESPN/UOL propôs que o Flamengo tenha seus jogos transmitidos pelas TVs tipo Educativa (com trocadilho), sem custo algum para o consumidor.
Ou através de plataformas digitais, via assinatura, acrescento.
Pânico!
Na Globo, no mercado e nos agentes diversos que faturam em cima do prestígio do Flamengo.
Fechei a noite vendo LeBron James assinalar 31 pontos e 12 assistências na vitória do Lakers contra o Rockets, a 34a na temporada.
Assombroso!
Medo é o risco real, dizem os especialista.
Em 2002, em meio à campanha política para a presidência da República, a atriz Regina Duarte foi à TV dizer que "tinha medo, muito medo".
Ante a possibilidade de assumir a Cultura, sob os fundamentos que a sustentam, não os tem mais.
Milagroso!
*Antonio Carlos Salles é jornalista.
Sobre o Autor
Colunas na Folha: https://www1.folha.uol.com.br/colunas/jucakfouri/