Tudo azul para o Liverpool
Monterrey e Al-Sadd fizeram um jogo muito melhor que o entre Al Hilal e Espèrance.
O time da casa não teve grande apoio de sua torcida porque o estádio em Doha não lotou, longe disso. Mas começou a partida com atrevimento e boas trocas de passes em direção ao gol mexicano.
Aí, levou um golaço de fora da área do lateral-esquerdo Vangioni e sentiu. A ponto de sofrer o segundo, de Funes Mori, ainda no final do primeiro tempo.
O segundo tempo era quase exclusivamente mexicano, mas, ao 65 minutos, de cabeça, o argelino Bounedjah descontou: 2 a 1.
Ficou divertido.
Os árabes, dirigidos pelo genial Xavi Hernández, o catalão que brilhou no Barcelona ao lado de Andrés Iniesta, se animaram e os mexicanos entraram naquele modo "jogar como nunca e perder como sempre".
Já tinham perdido a chance de liquidar o jogo quando estava 2 a 0, perderam uma chance clara de fazer 3 a 1 e passaram a sofrer.
Mas, aos 76', fizeram novo golaço, numa trama brilhante iniciada por Pizarro e culminada por Rodriguez, para estufar a rede.
Fim de papo!
Fim de papo?
Coisa nenhuma.
Aos 88', novo golaço, de Hassan, noutro tirambaço: 3 a 2!
Teríamos ainda seis minutos de acréscimos…
O goleiro Barsham evitou o quarto gol mexicano com grande defesa, aos 94'.
O que pode fazer o Monterrey contra o desgastado Liverpool?
Em dez jogos, perderá nove.
Nada indica que pela primeira vez o time europeu será eliminado na semifinal.
A não ser que o futebol apronte daquelas maravilhosas zebras.
As listras o Monterrey tem, só que são azuis.
Mas, oxalá, tenhamos Flamengo e Liverpool mesmo.
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