Santos massacra como se fosse o Liverpool
Seguindo à risca o que queria Jorge Sampaoli, o Santos, com a faca entre os dentes, encarou o Flamengo como se fosse uma decisão.
O Flamengo, respeitoso, estava com o que tinha de melhor, mas noutra rotação.
Resultado: o campeão brasileiro criou pouco, teve de se defender muito e foi para o intervalo perdendo por 2 a 0 do vice-campeão em bom jogo de futebol.
O primeiro gol santista teve a cara do time, com Soteldo aprontando pela esquerda depois de receber passe maravilhoso de Sánchez, bola em Marinho e míssel aleatório rente à trave, indefensável, aos 14 minutos.
O segundo foi um presente de Felipe Luís que o brilhante Carlos Sánchez não desperdiçou, aos 23'.
Neste ano de coincidências na vida rubro-negra, como ganhar a Libertadores em campo neutro como em 1981 e eventualmente ter o Liverpool pela frente na final do Mundial, mais uma: o último time brasileiro campeão do mundo, o Corinthians, despediu-se do Brasil com derrota para o São Paulo, por 3 a 1.
Além do mais, o torcedor inteligente quer que sempre lhe carimbem as faixas.
Grave é não ganhá-las.
Pois o Santos as carimbava com imenso prazer.
Faltava, no entanto, o segundo tempo e havia a dúvida se o Santos manteria o ritmo alucinante do primeiro.
O Flamengo voltou sem Bruno Henrique e com Vitinho no lugar dele.
E a partida mudou um pouco de feição, com os cariocas mais com a bola e os paulistas em busca de contra-atacar.
Se Jürgen Klopp pegar o jogo de hoje para estudar terá uma ideia errada do campeão da Libertadores.
Se Pep Guardiola pegá-lo, verá um Santos muito melhor que aquele goleado por seu Barcelona na final do Mundial de 2011.
Ao contrário, verá o belo gol de Sasha, aos 14', em mais outra jogada de Soteldo, para fazer o 3 a 0, como o Flamengo derrotou o Liverpool em 1981, em lance, é verdade, que nasceu de falta de Marinho em Felipe Luís, não assinalada.
Diego entrou aos 26', no lugar de Arrascaeta.
Até olé o Santos ensaiou.
Jorge Jesus perdeu duas vezes no comando do Flamengo, sempre fora de casa, para Bahia e Santos, por 3 a 0 e por 4 a 0.
Sim, porque, aos 39', em contra-ataque, Sánchez marcou mais um, para golear.
Aos 46', tanto Soteldo quanto Jorge atingiram as traves do Flamengo.
Foram embora 29 jogos de invencibilidade na temporada, computando os da Libertadores.
O Santos viveu uma tarde de gala.
O Flamengo de golos…
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