O que vale mais: talento ou caráter?
"Eu o quero para jogar no meu time, não para casar com a minha filha", reagiu o genial João Saldanha quando quis contratar para o Botafogo um jogador que tinha fama de malandro.
Durante anos repeti a frase em apoio à ideia.
Até porque não foram poucos os malandros que brilharam e ainda brilham no futebol.
Mas já há muito tempo é das poucas coisas ditas por Saldanha das quais discordo.
Porque também nas redações passou a ser comum ouvir que fulano de tal foi contratado pelo talento que tem, não pelo caráter que não tem.
Na imprensa não resta dúvida: o talentoso sem caráter é capaz de dar prejuízos incalculáveis à sociedade e à profissão.
No futebol, é claro, é menos grave.
De todo modo, ter caráter é essencial.
Sobre o Autor
Colunas na Folha: https://www1.folha.uol.com.br/colunas/jucakfouri/