Flamengo foi time único na casa verde
O resumo do primeiro tempo na casa verde, mais vazia do que cheia (22.219 torcedores), prova de que o torcedor do Palmeiras não entrou muito na onda de que era preciso carimbar as faixas do Flamengo:
1. O jogo foi bom;
2. O Palmeiras não jogou mal, mas não conseguiu levar perigo real ao gol de Diego Alves, que não teve de fazer nenhuma defesa;
2. O Flamengo jogou melhor, abriu o placar com passe de Gabigol para Arrascaeta, logo aos cinco minutos, viu Jailson fazer dois milagres em cabeçada de Vitinho e em chute de Gabigol e fez 2 a 0 no fim, com Gabigol completando lindo passe do uruguaio, em ótimo lançamento de Rafinha;
3. O assoprador de apito errou duas vezes gravemente, com omissão do VAR, ao mar dar pênalti de Rhodolfo em Dudu, quando estava 1 a 0, e ao não dar o segundo cartão amarelo para Rafinha, quando permanecia o placar mínimo;
4. Enquanto parte da torcida única incentivava os anfitriões, outra xingava o banco do Palmeiras.
Quando o segundo tempo começou o Palmeiras tinha Scarpa no lugar de Ramires e o Flamengo Diego no de Bruno Henrique, que sentiu problema na coxa.
Mas nem bem tinha começado, e antes do primeiro minuto, Gerson tomou a bola de Vítor Hugo e a bola sobrou para Gabigol fazer 3 a 0.
Hoje teve gols de Gabigol!
A torcida única jogava assentos no gramado para Felipe Melo recolhê-los.
Só faltava começar a torcer para o Flamengo, dar olé, enfim, fazer as vezes da Nação, ridiculamente proibida de estar no estádio.
Chamar o time de sem vergonha já chamava é só livrava a cara de Dudu, chamado de guerreiro.
Lucas Lima saiu aos 9' e Willian entrou.
Que situação!
A cabeça de Mano Menezes devia estar um trevo.
Jorge Jesus mordia os lábios para disfarçar o sorriso ao ver seu time repetir o placar do primeiro turno.
A rainha da Inglaterra alviverde pedia um lenço para tia Leila…
Para facilitar um pouco a vida palmeirense, Rodinei entrou no lugar de Rafinha, aos 14'.
Bruno Henrique acertou a trave direita de Diego Alves do meio da rua.
Matheus Fernandes no lugar de Felipe Melo, lesionado, aos 18'.
Havia um time só em campo, por ironia dos deuses dos estádios, em homenagem à CBF, ao Ministério Público e a PM paulistas e ao STJD.
Vitinho deu lugar a Piris da Motta, aos 23'.
Cinco minutos depois Gabigol pediu substituição, mas o Flamengo já havia feito todas.
Se o assoprador de apito tivesse a mesma atitude das autoridades, terminaria o jogo aos 30 minutos, porque o ambiente tinha ares de que esquentaria.
Aos 34', Willian carimbou o travessão carioca, porque goleiro bom tem sorte.
O palmeirense mais fanático dirá que o jogo poderia estar empatado caso o pênalti tivesse sido marcado e as bolas na trave entrado.
Aos 36', Willian passou para Dudu, recebeu de volta num calcanhar sensacional, e fez golaço, mas estava impedido.
Aos 38', valeu!
Matheus Fernandes completou passe de Scarpa e diminuiu o prejuízo: 3 a 1.
As mexidas dos treinadores deram certo. Para o Palmeiras.
As que enfraqueceram o Flamengo e Matheus Fernandes mais Scarpa.
O placar final não diminui a pilha rubro-negra, nem a depressão alviverde.
E olhe que Diego perdeu o 4 a 1 e Diego Alves evitou o 3 a 2 nos acréscimos na cabeçada de Scarpa.
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