Cruzeiro, 100
Por ROBERTO VIEIRA
O Barro Preto é memória.
Tostão lembra do primeiro dia no clube.
Olhar distante sob o sol.
Apenas chuteiras e o sentimento do mundo.
Um grito em italiano toma conta do ambiente.
O Cruzeiro completa 100 anos voltando à série A.
Foi mais difícil do que parecia.
Não havia Fred, Neves, Dedé.
Apenas novas caras vestidas de azul.
Zé Carlos não há mais.
Nem Fantonis.
Dirceu é um retrato na parede.
Amarelamente Fábio carregou o time.
Sufoco contra CSA, Sampaio e Chapecoense.
Festa diante do América no clássico mineiro.
Raposa e Coelho jogando pro empate.
O 0x0 classificando os dois.
Pra gritaria do Galo.
Tostão sai carregado nos braços da torcida.
O presidente inusitado.
Assumindo o clube de joelhos.
Tostão que chegou, viu, venceu.
E disse adeus.
Mineiramente.
Voltando para seus livros.
Entrando mais uma vez para a história…
Sobre o Autor
Colunas na Folha: https://www1.folha.uol.com.br/colunas/jucakfouri/