Sobre o eventual Flamengo x Liverpool
Como ainda não fiquei completamente maluco, esclareço o que penso sobre um eventual jogo entre o Flamengo e Liverpool, para que uma provocação feita no "Posse de Bola" não assuma ares de vaticínio.
É óbvio que os ingleses são favoritos.
Favoritaços, como diria Arnaldo Ribeiro.
Têm em Alísson o melhor goleiro do mundo, segundo a Fifa.
Em Van Dijk o melhor zagueiro do planeta.
Dois laterais decisivos e certeiros no apoio como Arnold e Robertson.
O trio de atacantes demolidor com Salah, Firmino e Mané.
Um senhor meio de campo com henderson, Fabinho e Wijnaldun.
Além de banco poderoso com o genial Jürgen Klopp no comando.
São campeões europeus, lideram a Premier League com o pé nas costas, 12 vitórias e um empate, já com oito pontos de vantagem sobre o vice-líder.
E jamais foram campeões mundiais, com duas derrotas para os brasileiros Flamengo, em 1981, e para o São Paulo, em 2005, já pelo Mundial da FIFA.
Dos cariocas levaram um baile, 3 a 0.
Dos paulistas acabaram por coroar Rogério Ceni, 1 a 0.
Perderam também para o Independiente, em 1984, 1 a 0.
Em 1977 e 1978 se negaram a disputar a Taça Intercontinental.
Além do mais, o maior rival deles, o Manchester United, já ganhou a taça duas vezes, contra o Palmeiras, em 1999, e contra a LDU, em 2008.
Veja abaixo como eles comemoraram a conquista, ao contrário do que se diz sobre a desimportância dada por eles ao Mundial.
Aposto que o Liverpool irá com tudo desta vez.
E que o Flamengo pode fazer frente, porque se times ingleses, certamente inferiores ao Rubro-Negro, endurecem contra os Reds, por que o time de Jorge Jesus deve ser descartado assim tão facilmente?
Diego Alves, Rafinha, Pablo Marí, Felipe Luís, Gerson, Everton Ribeiro, Arrascaeta, Diego, Bruno Henrique e Gabigol são todos jogadores com experiência internacional, a maior parte deles na Europa, assim como Rodrigo Caio é campeão olímpico e da Seleção Brasileira.
Ora, jogo tem, por mais que os britânicos, repita-se, sejam superiores.
Fosse uma melhor de cinco jogos, de três, OK, daria Liverpool.
Mas, em jogo único, em Doha, campo neutro, por que descartar a agradável surpresa?
Sim, é verdade, o estilo agressivo do Flamengo é o preferido deles, mortais como são.
É improvável, porém, que deem o baile oferecido pelo Barcelona ao Santos, naquele 4 a 0 humilhante.
Mesmo porque nenhum jogador rubro-negro será vendido ao Liverpool antes da decisão, como aconteceu com a escandalosa contratação de Neymar.
Sem pachequismo, zero de ufanismo, que não sou chegado nisso, dá para acreditar.
Sem, também, o desgastado coro do "eu acredito", porque sem complexo de vira-latas.
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Colunas na Folha: https://www1.folha.uol.com.br/colunas/jucakfouri/