Santos não ganha no primeiro tempo e quase perde no segundo
Sem Soteldo, graças à estupidez da CBF que não respeita data Fifa, o Santos recebeu o São Paulo, na Vila Belmiro, e logo no sétimo minuto já estava na frente.
Arboleda fez pênalti em Evandro e Carlos Sánchez bateu com a frieza que falta a Gabriel Jesus e anotou o 1 a 0.
O Tricolor tentou reagir, mas o Santos não deu trégua e como habitualmente faz tratou de ir em busca de aumentar o placar.
Se fora de casa é assim que age, imagine na Vila.
Só que atacante venezuelano fazia falta os anfitriões levavam menos perigo do que gostariam, se aproveitando pouco dos erros de passes da defesa visitante, e também propiciavam chances aos visitantes ao falhar na saída de bola.
O San-São era bem mais fraco do que se imaginava, porque só um lado mostrava força.
O Santos assumia a vice-liderança na esperança de permanecer caso o Bahia vença o Palmeiras amanhã, em Salvador.
E de garantir vaga na Libertadores desde já se o Inter perder para o Corinthians também amanhã, em Itaquera.
Aos 36', Tiago Volpi afastou mal a bola fora da área, Sánchez a recolheu antes da intermediária e bateu como veio, mas a redonda raspou a trave.
A defesa do São Paulo parecia fazer questão de tomar o segundo gol e o ataque do Santos parecia fazer questão de não marcá-lo.
E assim chegamos ao fim do primeiro time, porque, aos 42', Evandro desperdiçou uma chance imperdível.
Jorge Sampaoli ameaçava ter um ataque de nervos à beira do gramado e Fernando Diniz agradecia ao céu por não estar tomando de 3 a 0.
É impressionante como não acontece nada com o time são-paulino, que acabou apelando para faltas seguidas, tamanha a impotência.
O time assumiu a ideia de "reinvenção" de Tite: não chutar a gol.
O São Paulo voltou com Liziero no lugar de Jucilei e, inegavelmente, disposto a empatar, conseguindo nos primeiros cinco minutos mais do que nos 45 iniciais, ainda sem fazer Éverson trabalhar, mas rondando a meta praiana.
Aos 8', porém, foi o Santos que chegou com muito perigo em jogada de Jorge que terminou com Sasha arrematando e Volpi defendendo como pôde.
A resposta veio imediata no minuto seguinte, com Daniel Alves puxando o contra-ataque, Vitor Bueno indo à linha de fundo e cruzando para o próprio Daniel Alves empatar: 1 a 1!
Enfim, San-São!
Aos 12', Éverson impediu a virada dos pés de Pablo.
Diego Pituca no jogo no lugar de Felipe Jonatan.
Com trocas rápidas de passes, o São Paulo infernizava a defesa santista, que não achava os atacantes tricolores.
Se Pablo tivesse mais força, teria desempatado aos 17'.
O jogo estava mais que aberto e mais com a cara paulistana que praiana, porque, como já disse Muricy Ramalho, a bola pune e os gols perdidos no primeiro tempo faziam falta, além de Soteldo.
Justo registrar que o Tricolor também se ressentia da ausência de Antony.
Taílson em campo, no lugar de Evandro, aos 22'.
Três minutos depois Marinho mandou por cima o segundo gol de seu time.
Aos 36', Arboleda viu Vitor Ferraz evitar a virada.
Dois minutos depois uma desnecessária fechada de tempo entre Pablo e Vitor Ferraz deu a medida da temperatura do clássico.
Jean Mota entrou e Alisson saiu, aos 41'. Sampaoli queria ganhar.
Dentro do 43º minuto, tanto o São Paulo quanto o Santos tiveram a chance do segundo gol.
Dani Alves saiu e Gabriel Sara entrou aos 45'.
Tudo somado e subtraído o 1 a 1 acabou justo, como castigo a quem não soube vencer na etapa inicial.
Melhor para o São Paulo que, enfim, fez 45 minutos dignos diante de 14.062 santistas.
Sobre o Autor
Colunas na Folha: https://www1.folha.uol.com.br/colunas/jucakfouri/