Para o Corinthians, coçar e empatar é só começar
O primeiro tempo de Corinthians x Inter no Beira-Rio, quer dizer, em Itaquera, com 29.159 pagantes, foi como se fosse disputado em Porto Alegre.
Só deu Inter, embora com apenas uma defesa de Cássio, em sete chutes a gol.
Já o Corinthians manteve sua média: chutou apenas uma vez e sem incomodar Marcelo Lomba.
E olhe que precisar ganhar quem precisava mesmo era o Alvinegro.
Clayson veio para o segundo tempo no lugar de Ralf, prova de que, ao menos, Dyego Coelho entendia o que estava em jogo.
Mas, com 38 segundos do tempo final, Rafael Sóbis só não abriu o placar porque Gil travou na hora agá.
Aos 2 minutos, William Pottker chutou na rede pelo lado de fora.
O jogo lembrava o Dérbi no Pacaembu, razão pela qual o Colorado só precisava tomar cuidado para não deixar o Corinthians achar um gol, como fez nos acréscimos diante do Palmeiras.
Verdade que entre o quarto e o sexto minutos o Corinthians deu um certo sufoco, para despertar a Fiel.
Aos 11', em contra-ataque gaúcho, Fagner tirou o pão da boca de Pottker.
Mas, enfim, tinha jogo, porque o Corinthians começou a fazer valer estar em casa.
O jogo se transferia de Porto Alegre para São Paulo.
Aos 24', Boselli perdeu um gol incrível e imediatamente Zé Ricardo chamou Guerrero e Nico López para o jogo, nos lugares de Pottker e Sóbis.
Coelho respondeu com Vagner Love no lugar de Mateus Vital.
Sim, muito bem, os dois técnicos queriam ganhar.
Gustagol no lugar de Boselli, machucado, aos 32'.
O Corinthians ia empatando pela 14ª vez e empatava com o Cruzeiro como os maiores empatadores do Brasileirão.
Palmeiras, São Paulo e Bahia vêm a seguir, com 11 empates cada um.
Nonato no lugar de D'Alessandro, esfalfado, foi a última troca gaúcha, aos 39'.
Para ser justo, só dava Corinthians.
Mas fazer gol é coisa misteriosa para o Alvinegro, apenas 36 em 33 jogos.
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