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Blog do Juca Kfouri

Ora, Verdão...Mengão é Mengão!

Juca Kfouri

17/11/2019 17h55

Weverton brilhava na Fonte Nova, com 23.194 pagantes, e evitava que o Bahia saísse na frente do Palmeiras, em três chances claras do Tricolor, contra nenhuma do Alviverde.

Com menos dificuldade, Paulo Vítor também tinha de se virar para impedir que o time repleto de reservas (oito) do Flamengo fizesse 1 a 0 na Arena Grêmio, com 28.541 pagantes.

Até que, aos 36 minutos, Léo Moura viu a bola bater em seu braço de apoio e o assoprador de apito marcar pênalti mandrake para o líder ficar mais líder, porque Gabigol não vacilou: 1 a 0.

Era justo pelo jogo, não era pelo erro.

Fato é que o Flamengo botava 13 pontos de vantagem sobre o Palmeiras e ficava a quatro pontos do título, ao faltarem quatro jogos, dois no Maracanã contra o Ceará e o Avaí…

Alguma dúvida?

Cá entre nós, Renato Portaluppi, se o Grêmio não virasse, iria ter pesadelos com Jesus.

Para melhorar ainda mais a vida rubro-negra, no último segundo em Salvador, Artur Caike bateu falta, a barreira alviverde abriu e Weverton ficou vendido: 1 a 0.

A diferença aumentava para 14 pontos.

Se os resultados fossem mantidos no segundo tempo, para ser campeão o Palmeiras precisaria vencer seus cinco jogos e o Flamengo perder os quatro dele.

Sabe quando?

Um empate bastaria ao Mengão.

O Grêmio voltou com Pepê no lugar de Diego Tardelli e o Palmeiras com Lucas Lima e Borja nos lugares de Gustavo Scarpa e Deyverson.

O Palmeiras voltou com apetite e Borja quase empatou no segundo minuto.

Antes do décimo minuto, ao perceber que o Grêmio queria crescer, Jorge Jesus pôs Everton Ribeiro no jogo e sacou Lucas Silva.

Aos 13', Bruno Henrique mandou o empate por cima do gol. Um pecado!

Gilberto saiu, Fernandão entrou no Bahia e, depois, Luca no lugar de Elber.

Diego saiu depois de boa atuação como segundo volante e Vinicius Souza entrou, no Mengo.

Sob vaias, André no lugar de Michel, aos 21', no Grêmio.

Renato Portaluppi pediu calma à torcida, nada disposta a atendê-lo.

Perder de novo para o Flamengo, era mesmo demais. E para os reservas…

Aos 25', Pepê chutou o empate por cima.

Também aos 25', Borja empatou para o Palmeiras: 1 a 1.

Brilhava a estrela de Mano Menezes.

Willian no lugar de Zé Rafael.

Aí, aos 28', Gabigol, incorrigível, foi expulso de campo. Que coisa!

"Um craque tem de ter controle emocional", já disse Jorge Jesus.

Léo Moura saiu e Felipe Vizeu entrou, um ex-rubro-negro por outro, em Porto Alegre. Lei do ex?

Shaylon no lugar de Fábio, trocou Roger Machado, em Salvador.

Seguir os dois jogos ao mesmo tempo estava trabalhoso, mas emocionante.

O Palmeiras parecia mais perto da virada que o Grêmio do empate, mesmo com um a mais.

Aliás, era o que faltava. Nem contra dez, Renato?!

E o empate já seria ótimo para o líder.

Uma bola desviada pela barriga de Borja, em chute de Dudu, foi defendida por Douglas milagrosamente, aos 36'.

Lédio Carmona informa: se o Palmeiras não ganhar do Grêmio na próxima rodada o Flamengo será campeão sem jogar. Informa certo, como sempre.

Aos 45', Willian perdeu a virada palmeirense em passe de Dudu. Imperdível.

O Grêmio abusava da bola aérea e Diego Alves fazia defesas fáceis.

A Nação cantava no Rio Grande do Sul: "É campeão!".

Ô, se é.

** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do UOL

Sobre o Autor

Juca Kfouri é formado em Ciências Sociais pela USP. Diretor das revistas Placar (de 1979 a 1995) e da Playboy (1991 a 1994). Comentarista esportivo do SBT (de 1984 a 1987) e da Rede Globo (de 1988 a 1994). Participou do programa Cartão Verde, da Rede Cultura, entre 1995 e 2000 e apresentou o Bola na Rede, na RedeTV, entre 2000 e 2002. Voltou ao Cartão Verde em 2003, onde ficou até 2005. Apresentou o programa de entrevistas na rede CNT, Juca Kfouri ao vivo, entre 1996 e 1999 e foi colaborador da ESPN-Brasil entre 2005 e 2019. Colunista de futebol de “O Globo” entre 1989 e 1991 e apresentador, de 2000 até 2010, do programa CBN EC, na rede CBN de rádio. Foi colunista da Folha de S.Paulo entre 1995 e 1999, quando foi para o diário Lance!, onde ficou até voltar, em 2005, para a Folha, onde permanece com sua coluna três vezes por semana. Apresenta, também, o programa Entre Vistas, na TVT, desde janeiro de 2018.

Colunas na Folha: https://www1.folha.uol.com.br/colunas/jucakfouri/