Clube-empresa e o “me engana que eu gosto”
A aprovação ontem na Câmara dos Deputados da lei sobre o clube-empresa no Brasil não foi vitória do futebol, mas do presidente da Câmara, o botafoguense Rodrigo Maia.
Conseguiu dar ao clube de coração mais um respiro para pagar dívida quase bilionária e, se não pagá-la, que é o mais frequente, empurrar com a barriga até que surja nova legislação, como já aconteceu com a Timemania, o Profut etc.
Exceção feita ao PSOL, o comportamento dos demais partidos foi vergonhoso, todos empenhados em ficar bem com Maia.
O projeto de lei ainda precisa ser aprovado no Senado, onde existe proposta incomparavelmente melhor, a da Sociedade Anônima Futebolística, do senador mineiro Rodrigo Pacheco.
É improvável, no entanto, que os senadores contrariem os interesses de Maia.
Tudo indica que novamente o "me engana que eu gosto" prevalecerá e nada de estrutural mudará em nosso futebol.
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