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Blog do Juca Kfouri

Carimbar a faixa do apaixonante Mengão? Nem pensar!

Juca Kfouri

27/11/2019 23h26

No Maracanã em festa, e com muito mais titulares do que se previa, o Flamengo criou uma, duas, três chances de gol, sem deixar o Ceará respirar.

Aí, como futebol é futebol, aos 26 minutos, Felipe Silva deixou Rodinei na saudade e Thiago Galhardo fez 1 a 0 para o Ceará, que precisava do resultado, ao contrário do heptacampeão brasileiro.

Jorge Jesus não estava nada feliz e trocou Reinier por Vitinho ainda no primeiro tempo, aos 36'.

No intervalo, o Flamengo tinha suas faixas devidamente carimbadas num jogo bom de se ver.

O segundo tempo seguiu igual ao primeiro, com o Flamengo criando e a bola não entrando.

Aos 7', Diego deu lugar a Lincoln.

Era até desumano exigir que o Flamengo, ao menos, mantivesse a invencibilidade em casa, mas o time não precisava que ninguém pedisse, porque buscava como se não estivesse fisicamente esgotado depois da batalha de Lima.

Aí, aos 20', Lincoln tocou de cabeça e Bruno Henrique, esperto, com uma leve cutucada empatou 1 a 1.

Já bastava, não?

Nada de faixa carimbada, invencibilidade mantida.

Nada disso!

O Flamengo, insaciável, queria ganhar.

O Ceará seguiu com dois ônibus estacionados à frente da área.

Adilson Batista se contentava com o empate e estava mais que certo.

Mas Bruno Henrique discordava e ao aproveitar cruzamento de Arrascaeta, virou: 2 a 1.

Aos 40', Arrascaeta bateu falta, o goleiro rebateu e adivinha quem pegou o rebote: Bruno Henrique.

3 a 1!

Acabou?

Nada!

Vitinho fez o 4 a 1, num golaço, já nos acréscimos, diante de 67.539 torcedores.

Enfim, o resultado fazia justiça ao que foi o jogo.

Numa palavra, este time do Flamengo é APAIXONANTE.

Devolve em transpiração e em inspiração cada aplauso de seu torcedor.

** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do UOL

Sobre o Autor

Juca Kfouri é formado em Ciências Sociais pela USP. Diretor das revistas Placar (de 1979 a 1995) e da Playboy (1991 a 1994). Comentarista esportivo do SBT (de 1984 a 1987) e da Rede Globo (de 1988 a 1994). Participou do programa Cartão Verde, da Rede Cultura, entre 1995 e 2000 e apresentou o Bola na Rede, na RedeTV, entre 2000 e 2002. Voltou ao Cartão Verde em 2003, onde ficou até 2005. Apresentou o programa de entrevistas na rede CNT, Juca Kfouri ao vivo, entre 1996 e 1999 e foi colaborador da ESPN-Brasil entre 2005 e 2019. Colunista de futebol de “O Globo” entre 1989 e 1991 e apresentador, de 2000 até 2010, do programa CBN EC, na rede CBN de rádio. Foi colunista da Folha de S.Paulo entre 1995 e 1999, quando foi para o diário Lance!, onde ficou até voltar, em 2005, para a Folha, onde permanece com sua coluna três vezes por semana. Apresenta, também, o programa Entre Vistas, na TVT, desde janeiro de 2018.

Colunas na Folha: https://www1.folha.uol.com.br/colunas/jucakfouri/