Carimbar a faixa do apaixonante Mengão? Nem pensar!
No Maracanã em festa, e com muito mais titulares do que se previa, o Flamengo criou uma, duas, três chances de gol, sem deixar o Ceará respirar.
Aí, como futebol é futebol, aos 26 minutos, Felipe Silva deixou Rodinei na saudade e Thiago Galhardo fez 1 a 0 para o Ceará, que precisava do resultado, ao contrário do heptacampeão brasileiro.
Jorge Jesus não estava nada feliz e trocou Reinier por Vitinho ainda no primeiro tempo, aos 36'.
No intervalo, o Flamengo tinha suas faixas devidamente carimbadas num jogo bom de se ver.
O segundo tempo seguiu igual ao primeiro, com o Flamengo criando e a bola não entrando.
Aos 7', Diego deu lugar a Lincoln.
Era até desumano exigir que o Flamengo, ao menos, mantivesse a invencibilidade em casa, mas o time não precisava que ninguém pedisse, porque buscava como se não estivesse fisicamente esgotado depois da batalha de Lima.
Aí, aos 20', Lincoln tocou de cabeça e Bruno Henrique, esperto, com uma leve cutucada empatou 1 a 1.
Já bastava, não?
Nada de faixa carimbada, invencibilidade mantida.
Nada disso!
O Flamengo, insaciável, queria ganhar.
O Ceará seguiu com dois ônibus estacionados à frente da área.
Adilson Batista se contentava com o empate e estava mais que certo.
Mas Bruno Henrique discordava e ao aproveitar cruzamento de Arrascaeta, virou: 2 a 1.
Aos 40', Arrascaeta bateu falta, o goleiro rebateu e adivinha quem pegou o rebote: Bruno Henrique.
3 a 1!
Acabou?
Nada!
Vitinho fez o 4 a 1, num golaço, já nos acréscimos, diante de 67.539 torcedores.
Enfim, o resultado fazia justiça ao que foi o jogo.
Numa palavra, este time do Flamengo é APAIXONANTE.
Devolve em transpiração e em inspiração cada aplauso de seu torcedor.
Sobre o Autor
Colunas na Folha: https://www1.folha.uol.com.br/colunas/jucakfouri/