Sadio e Mané
Durante oito minutos a Seleção Brasileira jogou razoavelmente, até que Gabriel Jesus enfiasse ótima bola para Roberto Firmino abrir o placar contra Senegal.
Daí por diante o estádio Nacional de Singapura, mais vazio que cheio (20 mil torcedores onde cabem 55 mil..), viu a equipe africana ser mais contundente, mais rápida, finalizar sete vezes contra apenas duas finalizações brasileiras e empatar o jogo, em pênalti sobre Sadio Mané, aos 45'.
Enquanto o Brasil jogou futebol velho e enfadonho, o craque africano mostrou-se sadio na ousadia e Mané no drible, ao deixar Daniel Alves e Marquinhos na saudade até ser derrubado pelo ex-corintiano.
Com Everton Cebolinha no banco e Neymar capaz de perder um gol cara a cara com o goleiro, em passe de Firmino, já nos acréscimos, o primeiro tempo terminou triste para o Brasil.
Quando o segundo tempo começou outra vez a Seleção pareceu melhor, mas logo Senegal retomou o comando da bola e do jogo.
Tite resolveu tirar Firmino e botar o Cebolinha no jogo, aos 13', e Matheus Henrique entrou no lugar de Arthur, aos 22'.
Aos 26', saiu Philippe Coutinho e entrou Richarlison.
Aos 30', no jogo de número 100 com a camisa da Seleção, Neymar seguia sem jogar nada que justificasse seus privilégios.
Aos 33', Renan Lodi substituiu o fraco Alex Sandro.
Tantas mexidas também do lado africano causaram prejuízos claros ao nível do jogo, constantemente interrompido.
Quando a partida tinha um pouco de sequência era o Senegal que prevalecia, fazendo o goleiro Ederson trabalhar.
No 36º jogo da Seleção contra uma equipe africana, o Brasil empatava pela primeira vez, com 34 vitórias e uma derrota, para Camarões, em 2003, gol de Samuel Eto'o.
Aos 42', Richarlison teve a chance de evitar a terceira partida sem vitória da Seleção, mas desperdiçou.
Nova atuação deprimente do Brasil que volta a campo no domingo, às 9h, contra a Nigéria.
Sobre o Autor
Colunas na Folha: https://www1.folha.uol.com.br/colunas/jucakfouri/