Roger Machado se dá bem na Arena Grêmio
O gremista não vai aos jogos do Brasileirão porque não ganha o torneio ou não ganha o torneio porque não vai aos jogos do Brasileirão?
Seja qual for a resposta, a Arena Grêmio estava vazia e deixou de ver um ótimo primeiro tempo, embora melhor para o Bahia que para o Grêmio.
Apenas 13.614 torcedores num jogo que poderia valer o G4 é simbólico.
Renato Portaluppi, que ou interpreta a alma do torcedor ou fez com que ele deixasse de gostar do Brasileirão, saiu para o intervalo fulo da vida com seu time, embora devesse reconhecer que o de Roger Machado pintou e bordou, menos com a bola, mas muito mais perigoso.
Em jogo agradabilíssimo de se ver, mesmo sem gols, mas com os goleiros trabalhando muito e a iminência da abertura do placar permanentemente presente.
A braveza de Portaluppi revelava uma certa arrogância.
Porque diferentemente do que fez o Corinthians em Porto Alegre, o Bahia não estava em busca simplesmente de empatar, tanto que Paulo Vitor teve de fazer defesas muito mais difíceis que Douglas.
Na verdade, se em vez de Guerra o Bahia tivesse Paz em seu time teria feito pelo menos dois gols, um em cada tempo, que não saíram porque o venezuelano tomou decisões erradas em contra-ataques mortais do tricolor baiano.
Até que Léo Moura fez pênalti em Marco Antônio, que entrou no lugar de Guerra, aos 40 minutos, e Arthur Caike fez 1 a 0.
Justo, diga-se de passagem, pelo que fez o Bahia fora de casa para alegria de corintianos e são-paulinos.
E Renato Portaluppi deve apenas cumprimentar humildemente seu antecessor.
Não conseguiu entrar na defesa baiana como gostaria e ainda tomou um montão de contra-ataques.
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