Palmeiras se arrasta menos que o Botafogo e faz 1 a 0
O palmeirense, mesmo diante da expectativa de vitória quase certa diante do fragílimo Botafogo, foi em pequeno número ao Pacaembu.
Porque, é claro, está insatisfeito com o time.
E torcedor brasileiro é assim mesmo. Só vai na boa.
Mas, de fato, o primeiro tempo palmeirense não justificaria ter mais gente no estádio.
Porque tirante o gol surpreendente de Thiago Santos, em tabela com Gustavo Scarpa, aos 14 minutos, nada mais houve digno de nota, além de uma falta bem batida pelo mesmo Scarpa.
O Botafogo inexistiu e o Palmeiras não ficou atrás.
Um pesadelo no sábado à noite.
Para quem dá importância apenas ao resultado, bem, o Palmeiras fazia os três pontos obrigatórios e ficava a cinco do Flamengo e trataria de torcer para o Athletico, um dos poucos times capazes de tirar pontos do Flamengo, ainda mais em casa, como acontecerá neste domingo.
Com quatro derrotas e apenas uma vitória no returno, o Botafogo jogaria o segundo tempo em busca do milagre de empatar.
Mas a etapa final começou com o Palmeiras mais aceso e com Marcos Rocha fazendo Diego Cavalieri trabalhar e com um escorregão do médico alviverde ao atender Luan no gramado.
Como o Botafogo não incomodava, o Palmeiras se limitava a treinar sem maior compromisso.
Forçasse um pouco e o segundo gol sairia naturalmente.
Além de já chegar a São Paulo cheio de desfalques, o Botafogo ainda perdeu dois jogadores, João Paulo e Gilson, por lesão ainda antes do 15º minuto.
Yuri e Igor Cássio entraram.
Aos 24', Mano Menezes fez a reestreia de Henrique Dourado no lugar do apagado Deyverson.
O fim do jogo era a maior expectativa no Pacaembu quando o cronômetro marcava meia hora da etapa final.
Melhor em campo, Thiago Santos recebeu o terceiro cartão amarelo e nem que quisesse Mano Menezes teria como escalá-lo contra a Chape, no meio de semana, outra vez em casa. Felipe Melo estará de volta…
Zé Rafael saiu e Lucas Lima entrou aos 31'.
Comparar o que o de novo vice-líder joga com o futebol do líder é covardia.
Aos 33', Cavalieri evitou o segundo gol dos pés de Scarpa.
Estava claro que o gol no primeiro tempo fez mal ao jogo, porque o Palmeiras se acomodou, o que não justifica, mas explica o desempenho, outra vez, decepcionante.
Henrique Dourado furou uma cabeçada em passe de Dudu de dar dó.
Thiago Santos pediu para sair e Matheus Fernandes entrou aos 36'.
Desnecessário dizer que 1 a 0 sempre significa o risco de uma bola vadia botar tudo a perder, mas nem isso preocupava, porque, se em vez de Fernando Prass, o Palmeiras tivesse um poste em seu lugar daria no mesmo.
Menos aos 40', quando ele teve de sair nos pés de Luiz Fernando, em lançamento primoroso de Marcos Vinicius.
A resposta veio em seguida com Matheus Fernandes, obrigando nova defesa de Cavalieri.
O segundo gol até saiu, com Bruno Henrique, em linda jogada de Dudu, mas ele estava impedido.
Para ser justo, 2 a 0 era o mínimo que o Palmeiras mereceu, diante de 19.028 pagantes, o menor público do Verdão como mandante.
Aos 47', Cavalieri fez milagre ao evitar gol do tosco Dourado.
Sua avó faria o gol.
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