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Blog do Juca Kfouri

Mais um show do Mengão como campeão!

Juca Kfouri

20/10/2019 19h54

O jogo não tinha nem cinco minutos e o Maracanã, com 52 mil torcedores,  já havia explodido duas vezes.

A primeira porque Yoni González aliviou mal a bola que caiu nos pés de Gabigol e Muriel evitou o 1 a 0.

Na cobrança do escanteio, em jogada ensaiada, Everton Ribeiro toca para Rodinei, o lateral cruza e Bruno Henrique cabeceia para abrir o placar: 1 a 0. Segunda explosão, aos 5'.

Como se fosse jogar de igual para igual, o Fluminense quase empatou aos 6', em cobrança de escanteio por Nenê e voleio à queima-roupa de Wellington Nem, para milagre de Diego Alves.

Nem estava em impedimento, que não foi marcado.

A resposta veio imediatamente, em arrancada de Gabigol e ótima defesa de Muriel.

Dai para frente quase só deu Flamengo, embora Nem tenha causado nova boa defesa de Diego Alves.

E Muriel também fez milagre em cabeçada de Rodrigo Caio, depois que o assoprador de apito deixou de marcar pênalti claro em Gabigol, mesmo alertado pelo VAR.

Como futebol é futebol, ao fim do primeiro tempo, Yoni González quase empatou de puxeta.

O Flamengo desfilava mais uma vez seu ótimo futebol e o Fluminense resistia com altivez em busca de surpreender.

Os 45 minutos iniciais transcorreram rapidamente, como se fossem 30, prova de bom jogo.

Com 90 segundos da etapa final, Muriel desarmou Gabigol com um tapa na bola e evitou o 2 a 0, fruto da marcação na saída de bola imposta pelo Rubro-Negro.

Porque garantir vantagem mínima não é com Jorge Jesus.

Nem máxima!

Na Arena da Baixada, de cara, Marcelo Cirino, ex-Mengão, fazia 1 a 0 no Palmeiras. Onze pontos passava a ser a vantagem insuperável que o Rubro-Negro paranaense dava de mão beijada ao carioca.

O Flu vivia de pontadas esporádicas, mas ameaçava empatar.

O Mister tratou de tirar Vitinho e pôr Reinier, aos 15'.

O segundo gol estava maduro, mas insistia em não sair.

Pablo Mari, com cartão amarelo, segurou Nem e o assoprador fez que não viu. Se marcasse a falta, como deveria, expulsaria o espanhol…

Ganso, novamente, jogava pedrinhas e, em erro de passe fácil…

…Gerson, ao se aproveitar de passe de Reinier, fez o esperado segundo gol, em contra-ataque mortal, ainda com desvio de Gilberto, aos 22'.

Aplaudido, Gerson saiu para Willian Arão entrar.

Filipe Luís também foi embora e Renê foi para o jogo.

"Ó meu Mengão, eu gosto de você", o Maracanã é uma festa.

Enfim, Marcão cansou de Ganso e Lucão o substituiu.

Nenê também foi trocado por Yuri, aos 28'.

João Pedro no lugar de Nem, aos 37'.

Marcão poupava para o duelo com a Chapecoense?

Em Curitiba, no fim do primeiro tempo, Deyverson empatou para o Palmeiras.

A diferença caía para "apenas" dez pontos.

E assim terminou o Fla-Flu.

Restava torcer para ficar por aí.

Mas, precisa?

 

 

 

 

 

 

** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do UOL

Sobre o Autor

Juca Kfouri é formado em Ciências Sociais pela USP. Diretor das revistas Placar (de 1979 a 1995) e da Playboy (1991 a 1994). Comentarista esportivo do SBT (de 1984 a 1987) e da Rede Globo (de 1988 a 1994). Participou do programa Cartão Verde, da Rede Cultura, entre 1995 e 2000 e apresentou o Bola na Rede, na RedeTV, entre 2000 e 2002. Voltou ao Cartão Verde em 2003, onde ficou até 2005. Apresentou o programa de entrevistas na rede CNT, Juca Kfouri ao vivo, entre 1996 e 1999 e foi colaborador da ESPN-Brasil entre 2005 e 2019. Colunista de futebol de “O Globo” entre 1989 e 1991 e apresentador, de 2000 até 2010, do programa CBN EC, na rede CBN de rádio. Foi colunista da Folha de S.Paulo entre 1995 e 1999, quando foi para o diário Lance!, onde ficou até voltar, em 2005, para a Folha, onde permanece com sua coluna três vezes por semana. Apresenta, também, o programa Entre Vistas, na TVT, desde janeiro de 2018.

Colunas na Folha: https://www1.folha.uol.com.br/colunas/jucakfouri/