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Blog do Juca Kfouri

Que bonito é ver o Flamengo jogar

Juca Kfouri

07/09/2019 18h55

Esqueça a jaboticaba cebeefiana de permitir venda de mandos de jogo até porque na Ressacada, provavelmente, não seria diferente.

Afinal, o Flamengo não se acovarda quando joga fora de casa.

Pense no Manchester City ou no Liverpool jogando contra o Watford.

O Flamengo fez assim contra o Avaí no Mané Garrincha rubro-negro.

Em dez minutos já estava na frente com mais um gol de Gabigol, em preciosa enfiada de bola do menino Reinier.

Depois, Gerson deu um passe de letra para Willian Arão e ele mandou no travessão no que seria um dos gols mais espetaculares do Brasileirão, aos 20'.

Entre o gol e a bola na trave, Diego Alves fez milagre para evitar o empate por Brenner, cara a cara, porque o Flamengo é assim, tem bom jogador em todas as posições, exceção feita a Piris da Motta.

Então, Everton Ribeiro bateu escanteio pela esquerda e Pablo Mari subiu para ampliar: 2 a 0, aos 31'.

Um show impecável e o time não recuou, porque Jorge Jesus não deixa.

O Mané Garrincha era um verdadeiro oásis em Brasília.

No fim do primeiro tempo, Rafinha falhou e Diego Alves teve de evitar novo gol catarinense.

Já no começo do segundo, Everton Ribeiro cruzou rasteiro pela direita e Reinier tentou o terceiro gol de calcanhar.

Não demorou muito, aos 7', um golaço dele, depois de tabelar com Gabigol: 3 a 0.

Aos 9', outra vez Diego Alves teve de se virar e se virou.

"Oh, meu Mengão, eu gosto de você" ecoava no Brasil Central para todos os cantos do país.

Como é bom ver um líder que não apenas vence, mas convence, alegra, dá prazer de ver.

E tem sorte.

Porque Marquinhos, aos 12', cabeceou na trave esquerda carioca.

Ninguém chega ao primeiro lugar por acaso, como também ninguém fica em último sem motivo.

Na batata, o Avaí merecia um gol, mas nem Diego Alves nem a trave estavam de acordo.

Aos 16', Vitinho entrou no lugar de Piris da Motta.

Quem gosta de futebol já esfrega as mãos e apura os olhos à espera do sábado que vem, no Maracanã, às cinco em ponto da tarde, quando o líder receberá o vice-líder Santos, o português Jorge Jesus contra o argentino Jorge Sampaoli, os dois Jorges que combatem o bom combate contra o dragão do resultadismo no futebol brasileiro, para fechar o primeiro turno do Brasileirão.

Para não falar, é claro, da expectativa em torno dos jogos pelas semifinais da Libertadores entre Flamengo e Grêmio, nos dia 2 e 23 de outubro, em Porto Alegre e no Rio de Janeiro.

Reinier saiu aos 30' e João Lucas entrou, diante de 47.575 torcedores.

Uma festa digna de 7 de setembro em vermelho e preto!

Últimos cinco resultados do Flamengo no Brasileirão: 3 a 1 no Grêmio, 4 a 1 no Vasco, 3 a 0 no Ceará, em Fortaleza, 3 a 0 no Palmeiras e 3 a 0 no Avaí.

Tá bom ou quer mais?

Queira mais. Porque o Flamengo entrega.

** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do UOL

Sobre o Autor

Juca Kfouri é formado em Ciências Sociais pela USP. Diretor das revistas Placar (de 1979 a 1995) e da Playboy (1991 a 1994). Comentarista esportivo do SBT (de 1984 a 1987) e da Rede Globo (de 1988 a 1994). Participou do programa Cartão Verde, da Rede Cultura, entre 1995 e 2000 e apresentou o Bola na Rede, na RedeTV, entre 2000 e 2002. Voltou ao Cartão Verde em 2003, onde ficou até 2005. Apresentou o programa de entrevistas na rede CNT, Juca Kfouri ao vivo, entre 1996 e 1999 e foi colaborador da ESPN-Brasil entre 2005 e 2019. Colunista de futebol de “O Globo” entre 1989 e 1991 e apresentador, de 2000 até 2010, do programa CBN EC, na rede CBN de rádio. Foi colunista da Folha de S.Paulo entre 1995 e 1999, quando foi para o diário Lance!, onde ficou até voltar, em 2005, para a Folha, onde permanece com sua coluna três vezes por semana. Apresenta, também, o programa Entre Vistas, na TVT, desde janeiro de 2018.

Colunas na Folha: https://www1.folha.uol.com.br/colunas/jucakfouri/