Luiz Adriano vive a noite sonhada por Borja e Deyverson
No jogo contra o Fortaleza, no Castelão, o goleiro Muriel, do Fluminense, fez pelo menos meia-dúzia de defesas importantes, no sábado passado.
Hoje, na casa verde, com um minuto, o goleiro precisou se virar para evitar o gol de Scarpa, impedindo que a lei do ex desse o ar de sua graça.
Mas nada pôde fazer aos 8', quando Diogo Barbosa desceu livre pela esquerda e carimbou a trave carioca, para Luiz Adriano apenas aparar o rebote e abrir o placar: 1 a 0, com facilidade.
Estava tão tranquilo que o Palmeiras meio que se desinteressou do jogo, longe de ser a atitude mais inteligente, porque uma goleada serviria como água gelada na fervura.
E o Fluminense que começou o jogo timidamente, consciente de sua inferioridade abissal, começou a se aventurar.
Mano Menezes queria o time trocando passes, mas o time não está acostumado a trocar passes.
Aos 33', Scarpa perdeu gol feito, ao chutar em cima de Muriel.
Era só forçar um pouquinho que o segundo gol sairia.
Mas três minutos depois, Paulo Henrique Ganso pôs João Pedro na cara de Fernando Prass e foi a vez do garoto perder gol imperdível, daqueles que, se não a avó, o pai dele faria.
Antes, o Flu jogava com personalidade e perdia gols.
Agora, joga sem e…perde gols.
O primeiro tempo terminou de maneira melancólica, como joguinho mequetrefe, mas com o Palmeiras a apenas um ponto do Santos e três do Flamengo.
Como Flamengo e Santos jogarão entre si no sábado, e o Palmeiras receberá, também no sábado, o desmilinguido Cruzeiro, tudo indica que o Verdão terminará o primeiro turno ainda mais bem colocado, em segundo lugar.
Já o Flu segue na zona do rebaixamento e terá o Corinthians, no Mané Garrincha, no domingo, típico de quem cair, por abrir mão do Maracanã e jogar com torcida contra em Brasília.
Está certo que fazia calor em São Paulo, mas nem isso justificava a lentidão dos dois times.
Mas, é claro, faltava o segundo tempo do jogo que completava a 16ª rodada.
E o Palmeiras dava sopa para o azar ao correr riscos que não precisava, permitindo que o Flu o atacasse em busca do empate.
Oswaldo Oliveira teve de sacar Wellington Nem logo aos 10', machucado, e pôs Marcos Paulo em seu lugar.
Mano Menezes a tudo via impassível, talvez impassível demais diante da atuação preguiçosa de seu time.
Só que, aos 12', Dudu desceu livre pela direita e cruzou rasteiro para Luiz Adriano fazer mais um gol com extrema facilidade: 2 a 0.
O Fluminense é uma piada e o Palmeiras precisa mostrar que está à altura de brigar com o Flamengo, coisa que ainda não mostrou — e nem se poderia exigir de Mano Menezes.
Numa virada de jogo para Marcos Rocha, o lateral cruzou na cabeça de Luiz Adriano e ele fez o triplete: 3 a 0.
Fez o triplete e se emocionou.
Borja e Deyverson sempre sonharam com uma noite assim e chances não faltaram.
Celso Barros talvez esteja pensando em trazer Fred para as Laranjeiras.
Como técnico…
Para descansar Luiz Adriano e Bruno Henrique, Borja e Thiago Santos entraram aos 23'.
Se o Palmeiras quisesse marcaria o quarto, o quinto e o sexto gols.
Mas bastaria querer jogar futebol mais agradável de se ver, embora não caiba reclamar de vitória tão categórica. Basta dizer que o Corinthians, que vem logo atrás, em quarto lugar, jogou duas vezes com o Flu e apenas empatou pela Copa do Brasil.
Scarpa saiu e Rafael Veiga entrou, aos 33'.
Como era de se prever, a tabela foi generosa com Mano Menezes, ao ter como seus três primeiros adversários o Goiás, o Fluminense e o Cruzeiro, todos mais perto da ZR que do G6.
Falta só uma boa vitória contra o Palestra mineiro para que ele afaste as desconfianças da exigente torcida alviverde.
27.956 torcedores viram a fácil vitória palmeirense
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