De como premiar maus pagadores sob o disfarce da modernização
Os deputados têm razão em um ponto.
O futebol brasileiro está endividado e ficou inviável para muitos clubes.
Uma reforma estrutural, em direção à empresa, parece inevitável.
Mas os meios importam.
Se o sistema for feito de maneira a recompensar a crônica irresponsabilidade da cartolagem, com perdões de dívidas e calotes em credores, os vícios que nos trouxeram até aqui permanecerão nas administrações dos clubes – sejam eles associações ou empresas.
Botafogo, Fluminense, Vasco, Cruzeiro e tantas outras agremiações tradicionais precisam de alternativas para captar dinheiro no mercado financeiro, com investidores privados, ponto no qual a segurança jurídica do clube-empresa parece ser a única solução.
Precisam também de estímulos para trocar de estrutura societária e se submeter a regras mais rígidas de gestão, governança e transparência.
Mas não precisam – e nem merecem – de perdão aos perdulários.
Leia mais aqui no brilhante texto de Rodrigo Capelo.
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