A Seleção virou inimiga do torcedor brasileiro
Confira a lista sem má vontade e diga se há algum jogador que não mereça a convocação.
Todos a merecem.
A questão não é essa.
Há inúmeros outros craques que também poderiam estar, para falar só dos que jogam no Brasil.
Como Gerson, do Flamengo, Jean Pyerre, do Grêmio, Dudu, do Palmeiras, Diego Pituca, do Santos, Rony, do Athletico, Everton Ribeiro, do Flamengo, Bruno Henrique, do Flamengo, Gil, do Corinthians, Edenílson, do Inter, Geromel, do Grêmio, Pedro Rocha, do Cruzeiro, enfim, uma porção de jogadores que não seriam estranhos à Seleção, fora outros provavelmente esquecidos aqui.
A questão está no mal causado ao Brasileirão, em duas rodadas, porque a Seleção jogará na longínqua cidade-estado de Singapura, a mais de 25 horas de voo.
Não faz o menor sentido, entre outros motivos porque os adversários serão a Nigéria e o Senegal.
E o argumento da CBF sobre a dificuldade em enfrentar adversários europeus não cola, porque é claro que estes preferem jogar em seu continente, coisa que nem sempre os nebulosos contratos da entidade permitem.
Em bom português, o caça-dólares da CBF é fartamente responsável pela fragilidade dos adversários, muitas vezes, ainda por cima, em gramados lastimáveis, como o de Los Angeles, no amistoso contra o Peru.
De amada que foi, a Seleção é hoje em dia algoz do torcedor brasileiro.
É claro que Gabigol, por exemplo, quer defendê-la, mas o prejuízo que sua convocação causa ao Flamengo é extraordinário.
Se, um dia, a gestão dos clubes brasileiros for contemporânea, o absurdo atual chegará ao fim.
Porque exigirão, no mínimo, o cumprimento das datas FIFA com a paralisação dos torneios locais.
Ou, então, que só sejam convocados os jogadores que atuam no exterior.
Tomara que você viva tal realidade.
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