A bocejante derrota do Brasil
Foi dura a luta contra o sono no primeiro tempo do jogo entre Brasil e Peru, em Los Angeles, no lindo estádio olímpico, mas com gramado de futebol americano.
O Brasil com Neymar no banco e o Peru com Guerrero em Curitiba, pouco mostraram entre um bocejo e outro do observador.
Os peruanos até chutaram mais ao gol e Ederson teve de fazer duas defesas enquanto os brasileiros só eram perigosos quando Richarlison pegava na bola, autor da primeira finalização brasileira aos 25 minutos de jogo.
A Seleção, literalmente, batia cabeças a ponto de Casemiro e David Neres se chocarem e terem de jogar com tocas de natação.
No começo do segundo tempo, duas pontadas de Allan, que perdeu gol feito, e um chute de Philippe Coutinho despertaram o observador.
Que se animou quando Neymar entrou no jogo aos 17', acompanhado de Lucas Paquetá e Fabinho, nos lugares de Roberto Firmino, Neres e Casemiro.
Verdade que a Seleção já havia despertado e fazia um segundo tempo bem mais animado que o primeiro.
Neymar, nas duas primeiras vezes em que pegou na bola, deu dois ótimos passes para Fagner e Richarlison.
O menino Vinicius Júnior entrou no jogo no lugar de Richarlison, aos 28', para estrear na seleção principal.
Só aos 29' o Peru chutou pela primeira vez no segundo tempo, com o fortíssimo Advíncula.
Cléber Machado garantia que estava todo mundo ligado na Globo e eu acredito nele.
Bruno Henrique em campo, aos 38', Philippe Coutinho fora.
A tempo de ver o Peru bater falta bola de Fabinho no bico direito da área, Abram ganhar pelo alto de Militão e cabecear para o gol, em falha de Ederson: 1 a 0.
Tite perdia pela terceira vez com a Seleção e o Peru ganhava do Brasil pela quinta em 46 jogos, com nove empates e 32 vitórias brasileiras.
Os bocejos viraram pesadelo.
Mas nada que tire o sono do observador.
(Galvão Bueno é um cara de sorte. Gripado, escapou do jogo).
Glu-glu-glu.
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