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Blog do Juca Kfouri

Noite de Bruno Henrique e Diego Alves em Brasília

Juca Kfouri

17/08/2019 20h54

Se no primeiro tempo o Vasco até que fez frente ao Flamengo no Mané Garrincha tomado, no segundo não deu nem pro começo.

Ou melhor, até que deu.

O Rubro-Negro iniciou o clássico dando a impressão de que não teria a menor dificuldade contra o rival muito menos categorizado.

Bruno Henrique mandou bola no cocoruto do travessão, os jogadores da Gávea eram caçados pelos cruzmaltinos, mas o gol não saía.

Daí o Vasco equilibrou e Pikachu também acertou a trave e criou duas boas chances de gol.

O 1 a 0 só foi acontecer no fim, com Bruno Henrique acertando belo arremate colocado de fora da área, aos 41'.

Já o segundo tempo era todo vermelho e preto até que, aos 6', Bruno Henrique ampliou com tamanho ímpeto que ensaiava golear.

Mas, em seguida, um toque de braço na bola de Thuler cometeu pênalti para Diego Alves pegar ao ser cobrado por Pikachu.

Fim de papo?

Não, ao contrário, começo de conversa.

Porque o próprio Pikachu bateu o escanteio da defesa do goleiro e Leandro Castán subiu para diminuir: 2 a 1.

Talvez não devesse…

Porque Gerson foi à frente, pôs na cabeça de Bruno Henrique que obrigou Fernando Miguel a fazer grande defesa e, no rebote, Gabigol não perdoou: 3 a 1.

Em ampla maioria em Brasília, apesar do mando vascaíno, a torcida do Mengão ainda festejava quando Gerson acertou a trave cruzmaltina.

O Vasco tinha coragem, mas faltava futebol.

Aos 21', Vanderlei Luxemburgo tirou Cáceres e pôs Bruno César, providência respondida no minuto seguinte por Jorge Jesus com Everton Ribeiro no lugar de Gerson.

Em nova bola parada, Castán fez Diego Alves operar nova grande defesa e ouvir seu nome cantado pelo estádio com 65.418 pagantes.

Berrío substituiu o Gabigol, aos 32'.

Mas onde tem VAR De Arrascaeta não pode agarrar Castán na área.

Pênalti marcado, Bruno César resolveu bater e não deixou Pikachu fazê-lo.

Aos 35', Diego Alves pegou.

(Imagine o que Pikachu dirá ao companheiro no vestiário).

No contra-ataque, outro pênalti, mas em Bruno Henrique, para Arrascaeta fazer 4 a 1.

Que loucura!

Dois gols de Bruno Henrique e dois pênaltis defendidos por Diego Alves.

Lédio Carmona informa: desde 2007, quando Romário ainda jogava no Vasco, não acontecia um clássico com três gols de diferença.

Então, deu Vasco por 3 a 0.

Arrascaeta saiu aos 43' quando a torcida dava olé para Piris da Mota entrar.

Jesus deu um baile em Luxemburgo?

Não!

O time do Flamengo, muito mais valioso e talentoso, deu um baile no rival.

** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do UOL

Sobre o Autor

Juca Kfouri é formado em Ciências Sociais pela USP. Diretor das revistas Placar (de 1979 a 1995) e da Playboy (1991 a 1994). Comentarista esportivo do SBT (de 1984 a 1987) e da Rede Globo (de 1988 a 1994). Participou do programa Cartão Verde, da Rede Cultura, entre 1995 e 2000 e apresentou o Bola na Rede, na RedeTV, entre 2000 e 2002. Voltou ao Cartão Verde em 2003, onde ficou até 2005. Apresentou o programa de entrevistas na rede CNT, Juca Kfouri ao vivo, entre 1996 e 1999 e foi colaborador da ESPN-Brasil entre 2005 e 2019. Colunista de futebol de “O Globo” entre 1989 e 1991 e apresentador, de 2000 até 2010, do programa CBN EC, na rede CBN de rádio. Foi colunista da Folha de S.Paulo entre 1995 e 1999, quando foi para o diário Lance!, onde ficou até voltar, em 2005, para a Folha, onde permanece com sua coluna três vezes por semana. Apresenta, também, o programa Entre Vistas, na TVT, desde janeiro de 2018.

Colunas na Folha: https://www1.folha.uol.com.br/colunas/jucakfouri/