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Blog do Juca Kfouri

Gustavo escalpela o Grêmio

Juca Kfouri

20/08/2019 23h23

Dizer que o primeiro tempo entre Grêmio e Palmeiras foi um belo jogo seria um exagero.

Porque não foi.

Foi disputado palmo a palmo e só, tanto que Cortez se machucou logo aos 18 minutos e foi substituído por Juninho Capixaba.

E só, não.

Porque no único chute no alvo do Palmeiras, Gustavo Scarpa, aos 30 minutos, mandou um balaço que, ao desviar em Felipe Melo, e ainda raspar no travessão, decretou o 1 a 0 que o time nem buscou, mas conseguiu.

Foi de longe, mas botar na conta do goleiro Paulo Victor também parece exagero.

O Grêmio tinha a bola e não machucava a defesa alviverde, aquela que ninguém passa.

No segundo tempo quem esperava o time paulista recuado se surpreendeu.

Logo no terceiro minuto Paulo Victor fez milagre em cabeçada de Dudu.

Felipão parecia não querer repetir o erro do jogo do sábado.

Weverton, quando o jogo chegou aos 55 minutos, não havia feito nenhuma defesa e Renato Portaluppi chamou Diego Tardelli para o lugar de André, inútil.

Everton começou a chamar o jogo para si, coisa que não fizera até então.

O Grêmio era uma pilha de nervoso, o Palmeiras tinha a cabeça no lugar e era muito mais perigoso.

Merecia a vantagem quando Felipão pôs Rafael Veiga no lugar de Scarpa.

Na altura do 70° minuto o Grêmio era todo pressão, mais no coração que na bola.

Carlos Eduardo foi para o jogo aos 72' no lugar de Luiz Adriano.

Luciano também substituiu Alisson, em seguida, no exato momento em 44.967 pagantes, mais de 47 mil presentes, viram Dudu acertar a trave gaúcha.

Aos 77', o homem mau Felipe Melo chorou ao receber o segundo cartão amarelo e ser expulso de campo.

Que novidade!

Thiago Santos no campo, para saída de Willian.

O time que estava mais perto de fazer novo gol agora teria de evitar o empate num sofrimento desnecessário, mas esperado sempre que Felipe Melo está em campo, coisa da qual o Palmeiras estará livre no jogo de volta.

O Grêmio arrematava com perigo, mas sempre para fora.

O Palmeiras obtinha vitória preciosa, passo gigantesco para pegar Flamengo ou Inter nas semifinais da Libertadores.

Caso seja o Colorado, chance para revanche da eliminação na Copa do Brasil.

É claro que não está decidido, mas o Alviverde ganhou o jogo que tinha de ganhar depois de surpreendente jejum.

** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do UOL

Sobre o Autor

Juca Kfouri é formado em Ciências Sociais pela USP. Diretor das revistas Placar (de 1979 a 1995) e da Playboy (1991 a 1994). Comentarista esportivo do SBT (de 1984 a 1987) e da Rede Globo (de 1988 a 1994). Participou do programa Cartão Verde, da Rede Cultura, entre 1995 e 2000 e apresentou o Bola na Rede, na RedeTV, entre 2000 e 2002. Voltou ao Cartão Verde em 2003, onde ficou até 2005. Apresentou o programa de entrevistas na rede CNT, Juca Kfouri ao vivo, entre 1996 e 1999 e foi colaborador da ESPN-Brasil entre 2005 e 2019. Colunista de futebol de “O Globo” entre 1989 e 1991 e apresentador, de 2000 até 2010, do programa CBN EC, na rede CBN de rádio. Foi colunista da Folha de S.Paulo entre 1995 e 1999, quando foi para o diário Lance!, onde ficou até voltar, em 2005, para a Folha, onde permanece com sua coluna três vezes por semana. Apresenta, também, o programa Entre Vistas, na TVT, desde janeiro de 2018.

Colunas na Folha: https://www1.folha.uol.com.br/colunas/jucakfouri/