Ex-santista castiga o Palmeiras no fim
Depois de dois jogos disputados em ritmo frenético em Itaquera e no Mané Garrincha, o Grêmio, alternativo, e o Palmeiras, mais forte, começaram lentamente o embate entre eles em Porto Alegre, diante 14.477 pagantes.
Até que, aos 13 minutos, em contra-ataque muito bem feito pelos paulistas, em quatro toques de bola, Dudu completou com chute cruzado para fazer 1 a 0.
O Grêmio que se virasse no aperitivo para o jogo pela Libertadores, nesta terça-feira, de novo na sua casa.
Então, bem ao estilo Felipão, o Palmeiras deu a bola para o time de Renato Portaluppi, que gosta de ficar com ela, mas pouco fazia com a redonda a não ser arriscar chutes de longa distância.
Com o estádio gremista mais vazio do que cheio, estava claro quem liga para o Brasileirão e quem não liga.
O jogo de tico-tico gaúcho recebeu resposta de Hyoran que aprontou um salseiro na área gremista e quase ampliou, aos 25'.
Luan, Diego Tardelli e Pepê não faziam nem cócegas na defesa alviverde, a que ninguém passa.
Já Leo Moura deu um presente para Borja fazer 2 a 0, aos 30', mas Júlio César evitou, porque o Natal está longe, ao se atirar nos pés do colombiano.
Com menos posse de bola, o Palmeiras chutou sete vezes ao gol gremista, contra dois chutes tricolores.
Quando o primeiro tempo terminou a conclusão era cristalina: se alguém fez por merecer um gol depois do 1 a 0 este alguém foi o visitante.
O Grêmio voltou com Patrick no lugar de Darlan e o Palmeiras não mexeu.
O segundo tempo foi mais animado, com o Grêmio continuando mais com a bola, quase 70%, mas com o Palmeiras arrematando mais.
Embora o Tricolor tenha rondado o gol de Weverton, o Palmeiras chegou com mais perigo ao arco de Júlio César.
Mayke e Matheus Fernandes, aos 9 e aos 18 minutos, saíram e Marcos Rocha e Bruno Henrique entraram no Palmeiras.
Até que, aos 28', Everton entrou no lugar de Luan.
Luciano no lugar de Leo Moura, lesionado, e Ramires no de Dudu, foram as derradeiras trocas já aos 32'.
O Palmeiras ganhava três pontos pra lá de preciosos e o Grêmio se despedia definitivamente de qualquer ambição mais gloriosa com vistas a um título que não comemora desde o longínquo ano de 1996, 23 anos atrás.
Rigorosamente incompreensível o desdém gaúcho em relação ao Campeonato Brasileiro.
Já o Verdão seguia firme em direção ao bicampeonato seguido do Brasileirão.
E quando tudo indicava que o resultado se manteria, o ex-santista David Brás arriscou de fora da área fez o golaço do empate: 1 a 1.
O Santos, penhorado, agradecia ao seu ex-jogador, cujo gol nasceu de um lateral que deveria seria paulista e foi erradamente concedido aos gaúchos.
O Flamengo também dava o seu muito obrigado, novo vice-líder do campeonato que não vê vitória palmeirense desde o fim da Copa América. São seis jogos!
Quem diria, hein?
Eu não, eu não e eu não!
O jogo acabou valendo pelos minutos finais, eletrizantes, com os dois times em busca da vitória.
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