Daniel Alves perto da canonização
O primeiro comentário em relação ao jogo no Morumbi cheio de gente, por merecimento, vai para o Ceará, que não se intimidou e fez Tiago Volpi trabalhar mais que Diogo Silva durante todo o primeiro tempo.
Um comportamento de se tirar o chapéu, de quem não viajou de Fortaleza a São Paulo para ser coadjuvante da festa dos anfitriões.
Acabou sendo porque Daniel Alves é Daniel Alves e, camisa celeste 10 às costas, completou, aos 41 minutos de jogo, jogada do outro estreante Juanfran e quase atrapalhada por Raniel, para fazer 1 a 0.
Contra talentos não há argumentos, mas só outro nordestino derrubou a boa atuação do Vozão.
Já no início do segundo tempo o segundo gol, dos pés de Raniel, só não aconteceu porque Diogo Silva fez milagre.
Aos 13', porém, Volpi atropelou Felipe Cardoso em lance que Anderson Martins salvou o empate em cima da linha, o VAR foi consultado e o pênalti, claro, não foi marcado, embora o assoprador de apito nem tenha ido conferir. Um absurdo!
O goleiro tricolor voltou a ter de trabalhar mais que o cearense.
O Vozão mostrava que seu 10° lugar não é por acaso e preocupava a vida do Soberano.
Mas não conseguiu o empate, também porque Daniel Alves ora aprontava na frente, ora aparecia salvador na defesa, como se não tivesse 36 anos, diante de 47.705 torcedores.
Mais duas atuações dessas e passará a ser chamado de São Daniel.
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