VARmando Marques
POR ROBERTO VIEIRA
Nasceu o rebento.
Filho do melhor árbitro de Mogeiro de Baixo, Zé 40.
Fosse nos tempos de Luís Mogeiro teria festão com Sivuquinha.
Fosse nos tempos do Coronel Firmino teria jogão.
Mais um clássico Mogeiro de Baixo x Mogeiro de Cima.
Mas estamos em 2019.
A estrada de terra é coisa do passado.
O açude também.
Até a igreja anda fechada, cai não cai.
Padre apenas no Natal.
Mas Zé 40 não se faz de rogado.
Documentos na mão vai ao cartório.
Seu filho será famoso.
Seu filho ganhará manchetes.
Seu filho será o juiz dos juízes.
Um arrumadinho de passado e presente.
E é assim que Zé 40 chega ao cartório.
Um homem começa, e pode acabar, pela certidão de nascimento.
Veja ele.
De José Severino virou Zé 40.
Famoso na região.
José Severino nem pra bandeirinha serviria.
Mas Zé 40 tinha marketingue.
Marquetingue era a bizinéss do sucesso.
E Zé 40 não teve dúvidas.
Jogou fora o nome da família e botou no seu único filho a mistura de passado e presente do futebol.
VARmando Marques!
O VARmando assim mesmo.
Começando com três letras maiúsculas.
Mas Zé 40 se prometeu também uma coisa.
O menino ia saber tabuada tim tim por tim tim.
Pra não correr o risco de errar as contas numa cobrança de pênaltis.
Fato que em São Paulo vira anedota.
Mas na Paraíba é promessa de cova…
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