Vamos falar em português bem claro sobre Moro
O que Sérgio Moro quis ao revelar o hackeamento de uma porção de autoridades foi tê-las sob seu controle.
Do presidente da Câmara, do Senado, e de ministros do STF, ao presidente da República.
"Olhe, fulano, eu sei tudo que você andou conversando".
Daí propôs, sem ter poder para tal, destruir as provas.
Mas, é claro, guardar para ele todas elas.
De maneira a evitar embates com quem pudesse atrapalhar seus projetos, sejam eles quais forem, com relação ao STF, que terá de ser aprovado no Senado, ou às eleições de 2022.
Embora cada vez mais refém de Jair Bolsonaro, desorientado, Moro achou que pudesse virar o jogo, de denunciado para denunciante.
Deu-se mal porque manobra tão rasteira não pegou.
Seu poder de destruição diz respeito apenas a ele mesmo.
Que invente outra enquanto convive com a veloz desconstrução de sua imagem.
Nunca foi juiz. Jamais passou de um justiceiro.
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Colunas na Folha: https://www1.folha.uol.com.br/colunas/jucakfouri/