O VAR vira para o Grêmio
O Grêmio faz de novo o que vem sendo habitual no Brasileirão: despreza o campeonato e aposta nos mata-matas da Copa do Brasil e da Libertadores.
Assim, permanecerá por muitos anos com apenas dois títulos, o último em 1996, no século passado, portanto.
Convenhamos, não é marca à altura da grandeza gremista.
Renato Portaluppi, é claro, tem o apoio da direção para decidir.
E foi com time alternativo que recebeu o Vasco no péssimo gramado de seu estádio.
O Cruzmaltino na dele, ao deixar a bola com o time gaúcho e especular.
Assim, viu o estreante David Braz fazer um pênalti estúpido e Pikachu abrir o placar, aos 14 minutos, com o que o jogo ficou ao feitio dos cariocas, praticamente sem correr riscos com o tico-tico gaúcho, além de, no finzinho do primeiro tempo ter criado duas boas chances de gol.
Mais: antes do 20° segundo do segundo tempo, já com Everton no Grêmio, no lugar de Rômulo, desde os 37 minutos da primeira etapa, Pikachu entrou driblando na área tricolor e fez belo 2 a 0.
Sem a menor necessidade o VAR chamou o assoprador de apito que acabou por anular o gol ao ver falta, inexistente, de Rossi em Matheus Henrique.
Então, aos 15', de tanto insistir, Pepê empatou em grande passe de Luan: 1 a 1.
O Vasco era castigado com o empate produzido pelo VAR e pelo assoprador.
O Grêmio seguiu na perseguição da virada, o Vasco se defendia, explorava contra-ataques e a insegurança de David Braz.
Aos 20', em jogada de Luan, Pepê perdeu gol incrível.
A virada amadurecia.
Vanderlei Luxemburgo pôs Marrony no jogo e sacou Valdívia.
É claro que o empate era resultado bom para o Vasco antes do começo do jogo, mas não era pelo erro de apito.
Aos 27', por pouco, Marcos Júnior não pôs o Vasco na frente outra vez, em rebote de Paulo Victor.
O garoto Talles Magno substituiu Marquinhos no Vasco e Da Silva substituiu Matheus Henrique, aos 30'.
O jogo ficou franco, porque o Vasco resolveu que também queria vencer e ainda trocou Marcos Júnior por Lucas Mineiro, aos 34'.
Luan saiu e Patrick entrou no Grêmio.
Qualquer um dos times poderia fazer o gol da vitória e o justo seria que fosse o Vasco.
Mas foi o Grêmio quem virou, novamente com Pepê cabeceando passe perfeito de Léo Moura: 2 a 1.
Estava consumada a injustiça.
E Renato Portaluppi dirá que tem razão em sua escolha.
Mas se o Vasco fica com o 2 a 0…
O Grêmio, em contra-ataque fulminante, ainda teve a oportunidade de ampliar, mas o goleiro Fernando Miguel evitou o gol de Patrick.
Assim como, aos 49', Lucas Mineiro, de cabeça, quase empatou, diante de 9.701 pagantes.
Já em Fortaleza, o time de Rogério Ceni seguiu em sua boa campanha e com dois gols de Wellington Paulista venceu o condenado Avaí por 2 a 0, diante de 24.210 torcedores.
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