Bom dia, Brasil!
No dia 16 de julho de 1950 o país acordou campeão mundial de futebol pela primeira vez.
Lá se vão 68 anos e 356 dias.
À tarde, o Maracanã com 200 mil torcedores, assistiria a consagração do time que dependia apenas do empate para levantar a cobiçada Taça Jules Rimet.
Quase 52 milhões de brasileiros esperavam ouvir o jogo contra o Uruguai pelo rádio para comemorar o título da 4ª Copa do Mundo.
O Brasil dormiu frustrado naquele domingo e levou oito anos para acordar do pesadelo, na Suécia.
O Uruguai venceu por 2 a 1.
Mais de 200 milhões de brasileiros acordam hoje certos de que verão pela TV a Seleção Brasileira vencer o Peru para ser campeão da Copa América pela nona vez, em 46 edições.
No Maracanã estima-se que cerca de 70 mil torcedores poderão ver Daniel Alves levantar a taça.
Copa América não é Copa do Mundo, o clima de já ganhou não é o mesmo porque muitos estão mais que vacinados, mas o Peru, enfim, não é o Uruguai, embora tenha em Paolo Guerrero um símbolo como os uruguaios tinham em Obdulio Varela.
A derrota para o Uruguai é dos maiores traumas da história brasileira, comparável às mortes de Getúlio Vargas, Tancredo Neves e Ayrton Senna.
Só que ninguém a trata como vexame.
Vexame foi o 7 a 1.
Não derrotar o Peru hoje no tempo normal será fiasco semelhante.
Não conheço ninguém que admita tal hipótese, muito menos eu, que não creio em bruxas.
Embora saiba que elas existam…
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