Seleção feminina leva virada e se complica
A seleção brasileira me surpreendeu.
Não esperava vê-la tão confiante e segura como demonstrou no começo do jogo, embora com sofrimento nas bolas alçadas na área.
Claro, a presença de Marta ajudou, mas o time todo esteve razoável no primeiro tempo, quando chegou a fazer 2 a 0, com Marta, de pênalti, e Cristiane, de cabeça, depois de uma caneta e um cruzamento sensacionais de Tamires e Debinha, respectivamente.
Pena que no último minuto tenha levado um gol fruto da insistência da Austrália, porque ir para o intervalo com 2 a 0 seria o ideal.
Mas as mulheres foram com 2 a 1.
E logo aos 12 minutos a goleira Bárbara aceitou um gol inaceitável e deu-se o empate: 2 a 2.
O empate não era mau resultado, mas nem Marta nem Formiga voltaram para o segundo tempo e o empate era péssimo presságio.
Mais fortes fisicamente, as australianas começaram a se impor, porque também psicologicamente ganharam uma ponderável injeção de ânimo.
Meu pessimismo pré-jogo ganhava força.
E cristalizou-se quando Mônica fez gol contra e a Austrália fez 3 a 2, aos 65'.
Virou verdade definitiva quando Cristiane teve de sair.
O trio de prata de nosso futebol feminino estava fora de campo e o Brasil perdia.
Para piorar, Andressa sentiu cãibras enquanto as australianas estavam inteiras.
Nos acréscimos, ela sofreu pênalti, mas a assopradora de apito não levou em conta.
E a seleção perdeu e se complicou ao tornar dramático o último jogo do grupo, contra a Itália.
É grande a possibilidade de o time cair fora ainda na fase de grupos.
Mas, como se sabe, desesperar, jamais!
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