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Blog do Juca Kfouri

Pela volta dos apelidos na seleção

Juca Kfouri

24/06/2019 19h01

POR ANTONIO GOMES DE JESUS NETO*

Zizinho, Didi, Pelé, Vavá, Garrincha, Tostão, Careca, Chulapa, Dunga, Cafu, Bebeto, Dida, Kaká.

Pra ficar em alguns poucos exemplos, todas as mais respeitadas gerações da história da seleção brasileira tinham na criatividade dos apelidos uma marca registrada.

Mesmo quando algum craque era conhecido por um nome mais comum, o Brasil se encarregou de criar e eternizar apelidos inesquecíveis como Diamante Negro, Enciclopédia, Capita, Canhotinha de Ouro, Doutor, Baixinho, Fenômeno, Bruxo e Imperador.

Não, não tem nenhum problema um ou outro jogador usar nome duplo, como aliás sempre ocorreu na nossa história, mas por favor, não nos deixemos contagiar por esse vírus trazido do estrangeiro assim como a varíola, o tifo e etc.

Por melhores que eles possam ser, a seleção morre um pouquinho cada vez que o Thiago Silva ajeita para o Filipe Luís, dele pro Philippe Coutinho e daí pro David Neres, até a finalização do Gabriel Jesus ou do Roberto Firmino.

Com todo respeito ao Djalma Santos, ao Waldir Peres, ao Mauro Silva e ao Roberto Carlos, estamos precisando muito de mais Cebolinhas e Formigas por aqui, e não me venham usar Neymar como argumento.

Tite, pelo uso abusivo do titês, também não é motivo de muita comemoração, mesmo que o agasalho retrô e folgado também não tenha garantido sucesso ao triste e cansado Vadão.

* Antonio Gomes de Jesus Neto (só por formalidade) é geógrafo.

** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do UOL

Sobre o Autor

Juca Kfouri é formado em Ciências Sociais pela USP. Diretor das revistas Placar (de 1979 a 1995) e da Playboy (1991 a 1994). Comentarista esportivo do SBT (de 1984 a 1987) e da Rede Globo (de 1988 a 1994). Participou do programa Cartão Verde, da Rede Cultura, entre 1995 e 2000 e apresentou o Bola na Rede, na RedeTV, entre 2000 e 2002. Voltou ao Cartão Verde em 2003, onde ficou até 2005. Apresentou o programa de entrevistas na rede CNT, Juca Kfouri ao vivo, entre 1996 e 1999 e foi colaborador da ESPN-Brasil entre 2005 e 2019. Colunista de futebol de “O Globo” entre 1989 e 1991 e apresentador, de 2000 até 2010, do programa CBN EC, na rede CBN de rádio. Foi colunista da Folha de S.Paulo entre 1995 e 1999, quando foi para o diário Lance!, onde ficou até voltar, em 2005, para a Folha, onde permanece com sua coluna três vezes por semana. Apresenta, também, o programa Entre Vistas, na TVT, desde janeiro de 2018.

Colunas na Folha: https://www1.folha.uol.com.br/colunas/jucakfouri/