Pela volta dos apelidos na seleção
POR ANTONIO GOMES DE JESUS NETO*
Zizinho, Didi, Pelé, Vavá, Garrincha, Tostão, Careca, Chulapa, Dunga, Cafu, Bebeto, Dida, Kaká.
Pra ficar em alguns poucos exemplos, todas as mais respeitadas gerações da história da seleção brasileira tinham na criatividade dos apelidos uma marca registrada.
Mesmo quando algum craque era conhecido por um nome mais comum, o Brasil se encarregou de criar e eternizar apelidos inesquecíveis como Diamante Negro, Enciclopédia, Capita, Canhotinha de Ouro, Doutor, Baixinho, Fenômeno, Bruxo e Imperador.
Não, não tem nenhum problema um ou outro jogador usar nome duplo, como aliás sempre ocorreu na nossa história, mas por favor, não nos deixemos contagiar por esse vírus trazido do estrangeiro assim como a varíola, o tifo e etc.
Por melhores que eles possam ser, a seleção morre um pouquinho cada vez que o Thiago Silva ajeita para o Filipe Luís, dele pro Philippe Coutinho e daí pro David Neres, até a finalização do Gabriel Jesus ou do Roberto Firmino.
Com todo respeito ao Djalma Santos, ao Waldir Peres, ao Mauro Silva e ao Roberto Carlos, estamos precisando muito de mais Cebolinhas e Formigas por aqui, e não me venham usar Neymar como argumento.
Tite, pelo uso abusivo do titês, também não é motivo de muita comemoração, mesmo que o agasalho retrô e folgado também não tenha garantido sucesso ao triste e cansado Vadão.
* Antonio Gomes de Jesus Neto (só por formalidade) é geógrafo.
Sobre o Autor
Colunas na Folha: https://www1.folha.uol.com.br/colunas/jucakfouri/