É mole golear Honduras
Não cometerei a covardia que às vezes cometo quando vejo jogos entre clubes europeus e depois comento os entre os brasileiros.
Vi Brasil x Honduras ao mesmo tempo em que via Holanda x Portugal.
Claro: um amistoso e outro decidindo a Copa das Nações.
Que diferença!
Porque Honduras não joga futebol, apenas bate. Nem por maldade, mas por ruindade.
Daí só o Brasil ter jogado e já ido para o intervalo com 3 a 0, até porque os hondurenhos tiveram uma expulsão aos 30 minutos.
Gabriel Jesus, Thiago Silva e Philippe Coutinho fizeram os gols, aos 8, 12 e 37 minutos.
No segundo tempo, logo aos 2', Gabriel Jesus fez 4 a 0, como quem tira doce da boca de criança, mesmo mal-educada, agressiva.
Enquanto isso Portugal saía na frente com gol de Gonçalo Guedes, aos 15 do frenético segundo tempo, em falha do goleiro Cillessen que valeu a taça aos lusos.
Aos 11', no Beira-Rio, David Neres fez 5 a 0, com arte.
Qualquer avaliação séria do desempenho brasileiro será embuste — e haverá muitas.
Claro, é possível análises sérias em treinamentos e são eles que, enfim, escalam ou não os titulares.
O de hoje se inscreve nessa condição, diante de 16 mil torcedores!, bom público para treino, vexaminoso para a Seleção Brasileira.
No oitavo jogo entre Brasil e Honduras, sexta vitória nacional, um empate e aquela derrota vexaminosa e histórica na Copa América de 2001, já sob Felipão que viria a ser campeão mundial no ano seguinte.
Aliás, o primeiro jogo entre as duas seleções aconteceu em 1994, às vésperas do tetra nos Estados Unidos, 8 a 2 para o Brasil.
Roberto Firmino fez 6 a 0 aos 19'.
Aos 25', Richarlison fez 7 a 0.
Era até constrangedor.
Foi o 29º gol da Seleção em oito jogos contra Honduras.
E fim de treino.
Infelizmente, com lesão de Arthur, vítima do hondurenho expulso.
Mas com dois gols de Gabriel Jesus…
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