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Blog do Juca Kfouri

É mole golear Honduras

Juca Kfouri

09/06/2019 17h53

Não cometerei a covardia que às vezes cometo quando vejo jogos entre clubes europeus e depois comento os entre os brasileiros.

Vi Brasil x Honduras ao mesmo tempo em que via Holanda x Portugal.

Claro: um amistoso e outro decidindo a Copa das Nações.

Que diferença!

Porque Honduras não joga futebol, apenas bate. Nem por maldade, mas por ruindade.

Daí só o Brasil ter jogado e já ido para o intervalo com 3 a 0, até porque os hondurenhos tiveram uma expulsão aos 30 minutos.

Gabriel Jesus, Thiago Silva e Philippe Coutinho fizeram os gols, aos 8, 12 e 37 minutos.

No segundo tempo, logo aos 2', Gabriel Jesus fez 4 a 0, como quem tira doce da boca de criança, mesmo mal-educada, agressiva.

Enquanto isso Portugal saía na frente com gol de Gonçalo Guedes, aos 15 do frenético segundo tempo, em falha do goleiro Cillessen que valeu a taça aos lusos.

Aos 11', no Beira-Rio, David Neres fez 5 a 0, com arte.

Qualquer avaliação séria do desempenho brasileiro será embuste — e haverá muitas.

Claro, é possível análises sérias em treinamentos e são eles que, enfim, escalam ou não os titulares.

O de hoje se inscreve nessa condição, diante de 16 mil torcedores!, bom público para treino, vexaminoso para a Seleção Brasileira.

No oitavo jogo entre Brasil e Honduras, sexta vitória nacional, um empate e aquela derrota vexaminosa e histórica na Copa América de 2001, já sob Felipão que viria a ser campeão mundial no ano seguinte.

Aliás, o primeiro jogo entre as duas seleções aconteceu em 1994, às vésperas do tetra nos Estados Unidos, 8 a 2 para o Brasil.

Roberto Firmino fez 6 a 0 aos 19'.

Aos 25', Richarlison fez 7 a 0.

Era até constrangedor.

Foi o 29º gol da Seleção em oito jogos contra Honduras.

E fim de treino.

Infelizmente, com lesão de Arthur, vítima do hondurenho expulso.

Mas com dois gols de Gabriel Jesus…

** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do UOL

Sobre o Autor

Juca Kfouri é formado em Ciências Sociais pela USP. Diretor das revistas Placar (de 1979 a 1995) e da Playboy (1991 a 1994). Comentarista esportivo do SBT (de 1984 a 1987) e da Rede Globo (de 1988 a 1994). Participou do programa Cartão Verde, da Rede Cultura, entre 1995 e 2000 e apresentou o Bola na Rede, na RedeTV, entre 2000 e 2002. Voltou ao Cartão Verde em 2003, onde ficou até 2005. Apresentou o programa de entrevistas na rede CNT, Juca Kfouri ao vivo, entre 1996 e 1999 e foi colaborador da ESPN-Brasil entre 2005 e 2019. Colunista de futebol de “O Globo” entre 1989 e 1991 e apresentador, de 2000 até 2010, do programa CBN EC, na rede CBN de rádio. Foi colunista da Folha de S.Paulo entre 1995 e 1999, quando foi para o diário Lance!, onde ficou até voltar, em 2005, para a Folha, onde permanece com sua coluna três vezes por semana. Apresenta, também, o programa Entre Vistas, na TVT, desde janeiro de 2018.

Colunas na Folha: https://www1.folha.uol.com.br/colunas/jucakfouri/