Caem as guerreiras brasileiras
As francesas jogavam melhor, tinham mais volume de jogo e as brasileiras se defendiam e conseguiam evitar jogadas mais agudas no estádio lotado de Le Havre.
Bolas esticadas pelo time amarelo não permitiam conforto ao azul, branco e vermelho.
O fim do primeiro tempo se aproximava e o 0 a 0 não era o que o favoritismo francês sugeria e esperava, apesar da pressão final das anfitriãs.
Preocupava a resistência das visitantes para o segundo tempo, mas fato é que as brasileiras foram vivas para o intervalo.
O jogo, tenso e truncado, não era bom e chegava ao fim da primeira metade com mais posse de bola das brasileiras.
Mas, aos 51 minutos, but!
França 1, Brasil 0.
Bola na linha de fundo para trás e toque de Valerie Gauvin.
Três minutos depois, um pecado!, com Cristiane acertando, de cabeça, o travessão com desvio da goleira.
Quando as francesas se sentiram confortáveis, aos 62', GOOOOL!
Thaisa empatou 1 a 1!
O jogo pegou fogo e era perceptível o nervosismo francês diante da surpresa, frente ao atrevimento brasileiro.
Beatriz no lugar de Ludmilla, aos 70'.
Estava tudo igual e qualquer coisa poderia acontecer quando Formiga, 41 anos, saiu e Andressinha entrou, aos 75'.
O técnico Vadão arriscava outra vez trocando a experiencia da volante que, diga-se, acabara de receber cartão amarelo e vinha de lesão.
Poliana entrou no lugar de Letícia aos 88' e veio a prorrogação.
Nossas bravas mulheres suportariam?
Era pedir demais das guerreiras brasileiras, contra tudo e contra todos.
A Rainha Marta aparecia em todos os lados do campo ao abandonar qualquer vaidade individual e jogar para o time.
Será que Neymar viu?
Nem bem a prorrogação começou e Cristiane se machucou, trocada por Geyse.
Sobrava Marta…
A diferença física ficava clara a cada minuto e parecia impossível suportar.
A disputa na marca do pênalti seria uma bênção.
Mas Debinha viu a zagueira salvar o 2 a 1 na linha fatal no fim do primeiro tempo do tempo extra. Uma pena!
Faltavam ainda 15 minutos…
Quando começou o tempo final, but.
Bola cruzada na área, e 2 a 1 para a França, Henry, aos 107'.
Era mesmo impossível.
Mas que a Seleção masculina mire-se no exemplo das mulheres do Brasil.
Que garra, que coração!
Atualização às 18h55: Originalmente a nota foi aberta com critica a Sandro Meira Ricci que insistiu ter sido a anulação de um gol francês por falta da atacante na goleira e não por mão na bola.
Mas ele acertou…
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Colunas na Folha: https://www1.folha.uol.com.br/colunas/jucakfouri/