O Liverpool não sabia que era impossível, foi lá e fez!
O que você espera de um jogo de futebol?
Emoção?
Intensidade?
Ataques e contra-ataques?
Belas defesas?
Gols?
Chances perdidas?
Embates duros?
Torcidas vibrantes lotando o estádio?
Pois teve tudo isso nos primeiros 49 minutos de Liverpool x Barcelona.
E para aqueles sabichões, os que antemão já davam tudo por decidido, logo aos 7 minutos os ingleses abriram o placar, numa bola mal recuada por Alba que acabou nos pés de Origi para fazer 1 a 0.
Faltavam dois gols para os Vermelhos assim como faltavam Salah e Firmino.
E faltava os catalães entrarem no jogo.
O que passou a acontecer ali pelos 12 minutos.
Então, o Barça não só equilibrou as iniciativas como por três vezes só não empatou com Suárez, Coutinho e Alba, porque Alisson estava ali para impedir.
Teria o Liverpool pulmões para manter a mesma pegada.
E o Barça, cozinharia ou seguiria em busca do gol que tornaria a missão inglesa ainda mais impossível, embora, até ali, fosse possível.
Um jogaço!
O ótimo lateral Robertson se machucou e não voltou para o segundo tempo, trocado por Wijnaldum.
O Liverpool voltou impondo o jogo como se não houvesse acontecido o primeiro tempo.
Impressionante, comovente, até?
Jürgen Klopp montou um time de tirar o chapéu, de levar os torcedores à loucura mesmo, para não deixar o time andar sozinho, como cantam.
Com 50', Ter Stegen fez milagre em calcanhar fulminante de Van Dijk.
No mesmo minuto, Alisson evitou o gol de Suárez.
Repita-se: um jogaço!
E, aos 54', outra bobeada de Alba, bola em Wijnaldum e… 2 a 0!
Aos 56', o homem que veio do banco, o mesmo Wijnaldum, agora de cabeça, com a defesa do Barça olhando, fez o gol que garantia, ao menos, a prorrogação.
O time catalão estava grogue e o inglês endiabrado.
Em dois minutos, dois gols!
Ou Messi tirava um coelho da cartola ou a catástrofe seria inevitável.
O Liverpool fazia justiça, em Anfield, ao que havia acontecido desde o começo do primeiro jogo em Camp Nou.
Coutinho saiu e Semedo entrou, para ver, em seguida, Alisson fechar o ângulo e mandar para escanteio vantagem no placar agregado nos pés de Messi.
Arthur entrou no jogo aos 74' e Vidal saiu, depois de ter feito um primeiro tempo primoroso.
Impotente, o Barça, em vez de buscar o gol que obrigaria o rival a fazer mais dois, buscava cozinhar o jogo em busca da prorrogação.
Daí, aos 78', um lance escolar valeu o 4 a 0, outra vez de Origi, quando a cabisbaixa defesa espanhola não atentou para a cobrança de escanteio batido esperta e rapidamente pelo menino Arnold.
Definitivamente o Liverpool merecia a vaga na final da Liga dos Campeões.
E o Barça, dói dizer, merecia o castigo.
Nunca o uniforme amarelo caiu tão bem ao glorioso time catalão.
Origi saiu aos 85' para Gomez ajudar a marcar.
Note que os todos os gols foram feitos por reservas do Liverpool.
Aos 90', Rakitic saiu e Malcon entrou, assim como Sturridge substituiu Shaquiri.
Ninguém dormirá em Barcelona nesta noite, principalmente Jordi Alba, tamanho o inchaço da cabeça.
Ninguém dormirá em Liverpool, tamanha a cervejada!
Dia 1º de junho, em Madri, o Liverpool tem encontro marcado com o Ajax, ou com o Tottenham, para buscar o hexacampeonato da Liga dos Campeões, em sua nona finalíssima.
Parece inescapável.
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Colunas na Folha: https://www1.folha.uol.com.br/colunas/jucakfouri/