Era Messi! É o Ajax!
Em 40 segundos, Rashford, livre pela esquerda, acertou o travessão do Barcelona.
O Manchester United, que perdera em casa por 1 a 0, jogava no Camp Nou como se estivesse em Old Trafford, em cima do time catalão até o 15º minuto.
Então, Lionel Messi desarmou um adversário na intermediária, driblou-o, deu uma caneta em Fred, se livrou de mais um e chutou rasteiro de esquerda, colocado, rente à trave, e fez 1 a 0.
Não era justo ou injusto. Era Messi.
Que, quatro minutos depois, ganhou mais uma dividida, livrou-se de outro zagueiro e chutou menos forte do que desejaria, de pé direito, para fazer De Gea engolir um frangaço à catalã: 2 a 0.
Bem ele, que é madrilenho.
Naturalmente, o MU murchou.
O Barça chegava às semifinais da Liga dos Campeões depois de ser eliminado nas quartas em 2016/17 e 18.
Mas os ingleses ainda poderiam virar…
Sério?
Brincadeira!
Aos 60', Messi achou Arthur bem colocado e o brasileiro deu para o compatriota Philippe Coutinho pegar de fora da área e marcar belo gol: 3 a 0.
Coutinho comemorou com os dedos nos ouvidos e xingando a torcida…
Enquanto Messi recitava, Juve e Ajax, em Turim, disputavam um jogaço.
A Velha Senhora empurrou a garotada holandesa para seu campo até que Cristiano Ronaldo, para variar, de cabeça, também para variar, fez 1 a 0, aos 27 minutos.
Então, o time de futebol mais divertido do mundo decidiu que perdido por um perdido por dez e partiu para cima da Juve até empatar, aos 33', com Van de Beek.
E não parou de pressionar mais, no segundo tempo inclusive, muito mais perto do segundo gol que os anfitriões.
Até fazê-lo, aos 65', de cabeça, De Ligt, 19 anos, virar para 2 a 1.
A Juve teria de fazer 3 a 2.
Então o Ajax recuou, certo?
Errado.
Seguiu na frente, querendo mais, Felipão, Carille, Abelão, sem estrelas, só com a meninada e o prazer de jogar bola.
E David Neris teve o terceiro gol à disposição, mas perdeu, aos 73'.
Cristiano Ronaldo tentava de tudo, buscava o impossível, em vão.
Depois de eliminar os tricampeões do Real Madrid, sem o CR7, em Madri, o Ajax eliminava a Juve do português, em Turim, para alegria de Nou Camp, que comemorou o segundo gol holandês como se fosse do Barcelona.
O Ajax espera por Tottenham ou Manchester City.
Prova de que respeito é bom e o brilhante lusitano gosta.
Mas verá as semifinais pela TV.
O futebol holandês volta a encantar.
O catalão continua.
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