Decisão majestosa graças a Cássio
Quiseram os deuses do futebol fazer finalistas os dois times que disputaram como visitantes os jogos de volta das semifinais paulistas.
Corinthians e São Paulo decidirão o estadual pela décima vez.
O Alvinegro ganhou cinco e perdeu quatro das finais e fará o segundo jogo em Itaquera.
O Pacaembu sob muita chuva e com gramado bem encharcado.
Azar do Santos, mais leve e que precisava construir.
Sorte do Corinthians, mais pesado e preocupado em destruir.
E com 15 segundos o volante Alisson levantou Pedrinho para ficar pendurado com cartão amarelo. Jenial, com J.
Como previsto, o Santos foi para cima com tudo e mais um pouco.
O primeiro chute a gol, no entanto, foi de Sornoza.
Em busca de ser veloz, o Santos tinha mais pressa que velocidade e sofria com a marcação em sua saída de bola.
O baixinho Soteldo dava muito trabalho para Fagner.
Aos 20', Cássio salvou o gol nos pés de Jean Mota em grande defesa.
Só dava Santos, com quase 70% de posse de bola.
Do bico direito da área Sánchez chutou colocado e Cássio desviou para escanteio.
O Corinthians não conseguia jogar numa disputa de ataque contra defesa.
Em 30 minutos, cinco escanteios para o Santos, nenhum para o Corinthians.
Cueva interrompeu com falta feia em Júnior Urso um contra-ataque promissor e o assoprador de apito amarelou ao não mostrar o cartão.
Em seguida, por reclamação, mostrou o cartão para Pituca.
Falta pode fazer, reclamar não. É a arbitragem brasileira…
Fato é que o Corinthians não conseguia quebrar o ritmo santista.
Como Cueva não jogava nada, a torcida passou a pedir por Rodrygo, com toda razão, aos 37'.
Pedrinho também não fazia o que Fábio Carille imaginou ao escalá-lo no lugar de Vagner Love.
Provavelmente Jorge Sampaoli atenderia a torcida no intervalo.
E que falta faz um centroavante para o Santos.
Saudades do Gabigol.
Clayson meteu a mão na bola e levou cartão.
O 0 a 0 não fazia justiça ao Santos e o único mérito do rival foi ter suportado a pressão, sabem os deuses dos estádios e Cássio como.
Pouco, muito pouco para o tamanho do Corinthians.
Rodrygo e Love voltaram para o segundo tempo, como era óbvio, nos lugares de Cueva e Pedrinho.
De cara, com menos de dois minutos, Cássio teve de evitar os gols de Jean Mota e Rodrygo.
O contra-ataque era a única arma do Corinthians, mas não saía.
Como o Santos tinha dificuldades para entrar na congestionada área adversária, chutava de fora e Cássio pegava.
Claramente faltava inteligência ao Corinthians e Ramiro e Boselli estavam no banco e lá permaneciam.
Como a bola não chegava na área santista, para que Gustagol?
Apressado, o Santos errava muitos passes.
Aos 17', Ramiro entrou no lugar de Clayson, e, em seu primeiro lance, abriu muito bem para Gustagol.
Cabeça faz diferença.
Aos 21', Ramiro fez grande jogada e caiu na área.
VAR acionado, nada marcado, mas Ramiro foi derrubado.
Aos 25', cara a cara, Rodrygo chutou e Cássio defendeu com os pés. Impressionante!
Aos 30', o Santos havia finalizado 18 vezes contra duas finalizações, diante de mais de 38 mil torcedores.
Parecia impossível não sair o gol.
E saiu, aos 40', de cabeça, com Gustavo Henrique!
Não era justo. Era justíssimo.
Aos 43', Boselli entrou e Gustagol saiu, no mínimo com 15 minutos de atraso.
O jogo foi até os 51 minutos, com o Santos buscando o segundo gol.
Mas vieram os pênaltis.
Boselli bateu e Vanderlei defendeu maravilhosamente!
Rodrygo e fez 1 a 0, mas Cássio quase pegou.
Love empatou.
Caio Jorge bateu no travessão, tirando Cássio da batida.
Ramiro fez 2 a 1.
Soteldo empatou.
Júnior Urso fez 3 a 2.
Sánchez empatou.
Fagner fez 4 a 3.
Derlis empatou.
Sornoza fez 5 a 4.
Pituca empatou.
Danilo Avelar fez 6 a 5.
Alisson empatou.
Haja!!!
Henrique fez 7 a 6.
Vitor Ferraz na trave!
O Corinthians, sem merecer, está na final.
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