Athletico, impecável, humilha o Boca
Aí, o Boca Juniors chega na Arena da Baixada, tomada por quase 34 mil torcedores e belíssima, e parte para cima do Athletico como os times brasileiros são incapazes de fazer fora de casa.
A torcida paranaense jogava com o time e compensava a superioridade xeneize.
Benedetto, aquele que os palmeirenses conhecem bem, perdeu uma cabeçada imperdível.
Só que a superioridade tinha um calcanhar de Aquiles que os são-paulinos também conhecem bem, o lateral-direito Buffarini.
E foi em cima dele que a bola foi cruzada por Rony, mal tocada por Lucho González, caiu nos pés do argentino Marco Ruben, aos 35 minutos, para botar o Furacão na frente: 1 a 0.
Aí sim, o jogo mudou, embora com o Boca capaz de ameaçar, mas com o Athletico melhor.
Tinha ainda mais 45 minutos, tomara tão bem disputados como os primeiros.
Logo nos três primeiros minutos, uma chance para cada lado em contra-ataques bem armados.
O Boca mostrava que venderia caro uma derrota e o clima em Curitiba era de decisão, mesmo sem ser.
Aos 60', depois de ataque argentino com a bola por mais de um minuto, Rony fez jogada sensacional contra dois zagueiros e por muito pouco não ampliou.
O jogo não era bom.
Era muito bom!
Carlitos Tevez jogava como um leão, mas um leão de bengala, com todo respeito, claramente o corpo não obedece mais o que a cabeça manda.
E foi dele que Lucho roubou a bola no meio de campo em carrinho bem aplicado, armou o contra-ataque e Marco Ruben o complementou para fazer 2 a 0, aos 68'.
Os hexacampeões continentais estavam sendo batidos inapelavelmente.
Lucho saiu e Wellington entrou em seu lugar, aos 70.
O técnico atleticano Tiago Nunes, mais uma vez, fazia tudo certo.
Aos 75', o capitão Tevez saiu sob o peso de seus 35 anos.
O Athletico tinha o jogo sob controle e o alarido da torcida não parava.
Bruno Guimarães deu lugar a Marcelo Cirino, aos 77'.
Cabia o terceiro gol e o Athletico estava perto de fazê-lo quando, aos 80', em bola reboteada do travessão mandada por Rony, Marco Ruben fez a tripleta: 3 a 0.
Para quem jogou no River Plate e no Rosário Central não estava nada mal.
Camacho, muito bem no jogo, saiu para entrada de Léo Cittadini.
Não será demais dizer que o Furacão humilhava o Boca.
Uma vitória para lavar a alma do futebol brasileiro, mesmo que com a participação essencial de dois argentinos, Lucho Gonzales, também ex-River, e Marco Ruben.
Cirino ainda teve o quarto gol à disposição em rebote do goleiro Andrada e perdeu.
Que noite rubro-negra!
Que venha o Tolima, para a revanche da estreia na Colômbia.
O Athletico lidera seu grupo.
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