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Blog do Juca Kfouri

A noite sonhada do Cruzeiro

Juca Kfouri

10/04/2019 21h08

Eram passados exatamente 19 minutos de jogo em Belo Horizonte quando Fred fez 1 a 0 para o Cruzeiro contra o argentino Huracán.

Eram passados exatamente 19 minutos de jogo em Assunção quando Ricardo Oliveira fez 1 a 0 para o Atlético Mineiro contra o paraguaio Cerro Porteño.

73 anos de artilharia, 35 do cruzeirense e 38 do atleticano.

Mas a noite seria só de Fred.

Que marcou mais duas vezes antes dos 32 minutos para fazer 3 a 0.

Além de Fred, Fábio, aos 20', brilhou ao fazer duas defesas magistrais seguidas, no mesmo lance e à queima-roupa, embora a segunda contando com a ajuda da mão de Dedé, que amorteceu a violência do chute, em lance de pênalti não assinalado.

Marquinhos Gabriel vivia também uma noite excepcional, autor dos passes para os dois primeiros gols.

Enquanto isso, entre os 30 e 35 minutos, o Cerro virava para 3 a 1 em cima do Galo.

Era a chamada noite perfeita para os cruzeirenses que viam seu time garantir vaga nas oitavas de final da Libertadores com 12 pontos em quatro jogos e o rival praticamente se despedir ao permanecer com três pontos na quarta rodada.

Por falar em quatro, o Cerro fez 4 a 1 aos 44', numa noite infeliz de Vitor e vexaminosa da defesa atleticana.

Tão incrível como ouvir que o time brasileiro é superior tecnicamente e sofreu um apagão…

O Galo perdeu no Mineirão, é goleado no Defensores del Chaco e é melhor tecnicamente?

Quando os intervalos chegaram, no Brasil pintava um três vira, seis acaba.

E no Paraguai se anunciava uma catástrofe histórica.

Aliás, nem bem o segundo tempo começou e o Galo levou uma bola na trave.

Como teremos Atlético x Cruzeiro no domingo para começar a decidir o estadual, era possível que o time azul tirasse o pé.

Para sorte do Huracán e do Galo, tanto o Cruzeiro quanto o Cerro Porteño administraram a vantagem.

Mas com Fred já descansando, aos 83', depois de trocar passes sob o grito de olé, Dodô fez belíssimo gol, do bico esquerdo da área, no ângulo, perante 31 mil torcedores.

A diferença entre o Cruzeiro e o Galo é abissal.

** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do UOL

Sobre o Autor

Juca Kfouri é formado em Ciências Sociais pela USP. Diretor das revistas Placar (de 1979 a 1995) e da Playboy (1991 a 1994). Comentarista esportivo do SBT (de 1984 a 1987) e da Rede Globo (de 1988 a 1994). Participou do programa Cartão Verde, da Rede Cultura, entre 1995 e 2000 e apresentou o Bola na Rede, na RedeTV, entre 2000 e 2002. Voltou ao Cartão Verde em 2003, onde ficou até 2005. Apresentou o programa de entrevistas na rede CNT, Juca Kfouri ao vivo, entre 1996 e 1999 e foi colaborador da ESPN-Brasil entre 2005 e 2019. Colunista de futebol de “O Globo” entre 1989 e 1991 e apresentador, de 2000 até 2010, do programa CBN EC, na rede CBN de rádio. Foi colunista da Folha de S.Paulo entre 1995 e 1999, quando foi para o diário Lance!, onde ficou até voltar, em 2005, para a Folha, onde permanece com sua coluna três vezes por semana. Apresenta, também, o programa Entre Vistas, na TVT, desde janeiro de 2018.

Colunas na Folha: https://www1.folha.uol.com.br/colunas/jucakfouri/