Peixe voa mais alto que o Red Bull
Dono da melhor campanha do Paulistinha, o Red Bull Brasil chegou ao Pacaembu, com 20 mil torcedores, para enfrentar o Santos como se pisasse em brasas.
Nervoso, inseguro, em seis minutos errou três saídas de bola, na última delas proporcionando gol para o Santos, anulado corretamente pelo VAR por impedimento.
Mas não demorou muito e Sánchez, em falta pela esquerda, levantou na área com veneno, ninguém tocou na bola e Júlio César aceitou.
Parecia um jogo de adultos contra crianças.
Tão assustado estava o time campineiro que, aos 15', Italo recebeu um cruzamento na cara do gol, com Vanderlei já caído, e ele chutou para fora, daqueles gols que a avó da gente faria.
Aos poucos, bem aos poucos, o RB foi pondo os nervos em dia e passou a equilibrar o jogo.
Aos 28' Vanderlei teve de se virar para evitar o empate.
E de novo aos 36', quando em defesa esquisita acabou vendo a trave salvá-lo, em contra-ataque depois que Rodrygo e Sanchez quase ampliaram.
Jogo aberto, corrido, porque, como os jogos do Fluminense, com o Santos em campo a emoção é garantida, para o bem de seus torcedores e para o mal também.
Aos 39', Pituca teve o segundo gol à disposição, mas não deu sorte e chutou na rede por fora.
Indiscutivelmente, um primeiro tempo gostoso de ver.
E a perspectiva do segundo em aberto.
O RB voltou jogando como RB. Como adulto.
E passou a pressionar em busca do empate.
O Santos aceitou, até deu espaço, como se à espera do contra-ataque para liquidar o jogo e ir para a volta com ótima vantagem.
Esteve perto aos 25 minutos.
Aos 33', mais que perto. Esteve lá.
Copete deu para Pituca em contra-ataque puxado por Sanchez se aproveitando de novo erro do RB e fez 2 a 0.
Camisa é camisa!
Sobre o Autor
Colunas na Folha: https://www1.folha.uol.com.br/colunas/jucakfouri/