Entre Messi e Pelé há pelo menos um patamar
Lionel Messi é provavelmente o segundo melhor jogador de futebol de todos os tempos.
Significa dizer que ele é melhor que Mané Garrincha, que Diego Maradona, que Johan Cruyff, que Ronaldo Fenômeno e que Cristiano Ronaldo.
Não é pouca coisa.
Não é pouca coisa vírgula, é coisa para chuchu.
Depois de ter sido aplaudido de pé pela torcida do Bétis no último domingo, voltaram as comparações entre Messi e Pelé.
É compreensível.
O genial Andrés Iniesta, que jogou com Messi no Barcelona, disse que ele é o maior jogador da história do futebol.
Iniesta nasceu sete anos depois de Pelé ter pendurado as chuteiras.
Quem viu Pelé jogar sabe que o Rei do Futebol está um patamar acima de Messi.
Chega a ser heresia compará-los.
E nem é porque Pelé ganhou três Copas do Mundo, foi bicampeão mundial de clubes, marcou quase 1300 gols etc etc etc.
É porque foi um atleta perfeito, chutava igualmente bem de esquerda e de direita, cabeceava como ninguém, driblava como o capeta, passava como um deus, tinha uma visão periférica de quem tem olhos na nuca, e olhos assassinos, e até jogava como goleiro.
Lamento, sem saudosismos, pelos que não viram Pelé jogar.
E agradeço por ter visto tanto Pelé quanto Messi.
Comentário para o Jornal da CBN desta terça-feira, 19 de março de 2019.
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