0 a 0 frustrante entre Palmeiras e Santos
Palmeiras e Santos ficaram no 0 a 0 para frustração de 34 mil palmeirenses, que vaiaram ao fim do jogo.
Jorge Sampaoli se deu ao luxo de poupar quatro titulares pensando na Copa Sul-Americano, entre eles o artilheiro Jean Mota, para o jogo de volta contra os uruguaios do River Plate, no Pacaembu, na próxima terça-feira.
E mesmo jogando no campo do rival, propôs muito mais o jogo que o anfitrião, outra vez nervoso como se estivesse decidindo qualquer coisa e incapaz de articular uma jogada sequer durante todo o primeiro tempo.
Chovia muito forte no começo do chamado "Clássico da Saudade", alusão às décadas 1950/1960, quando os dois clubes mandavam e desmandavam no futebol paulista, o que certamente prejudicou o andamento da partida.
Verdade que a única grande chance de gol no primeiro tempo foi alviverde, mas Borja a perdeu bizarramente num carrinho maluco, aos 41 minutos, embora Gustavo Henrique tenha impedido que a bola entrasse na linha fatal, em jogo mais brigado que jogado.
Com os nervos no lugar, o Palmeiras voltou melhor no segundo tempo, pressionando o rival, mas Gustavo Gómez cometeu pênalti, em chute de Jean Lucas, ao meter a mão na bola, aos 9'.
Ao perceber que o poder ofensivo do seu time era nenhum, Sampaoli resolveu chamar Jean Mota para o jogo, aos 16', no lugar Derlis González.
Estava clara que o Palmeiras queria vencer e que o Santos já não fazia tanta questão.
Ficaria feliz com seu primeiro empate em oito jogos.
Felipe Pires, aos 18', teve a chance de abrir o placar, em passe de Dudu, mas desperdiçou.
Número 11 às costas, Ricardo Goulart entrou no lugar de Rafael Veiga, aos 25'.
Aos 26', Weverton, salvou o gol do Santos, de Matheus Ribeiro.
A resposta veio incontinenti, com Dudu cabeceando para Éverson fazer milagre, ele que substituía o titular Vanderlei, poupado.
Pitoca saiu, Carlos Sánchez entrou em seguida no Santos, porque Sampaoli mudou de ideia e resolveu tentar ganhar o clássico.
De repente o jogo ficou emocionante.
Bruno Henrique substituiu Moisés, machucado, aos 32'.
Três minutos depois, Gómez deu uma tijolada de cabeça e Éverson salvou de novo, com a bola ainda batendo no travessão.
O jogo já merecia gol e o Palmeiras o merecia mais, só não muito mais por causa do pênalti não marcado.
Cueva saiu, Orinho entrou, aos 40'.
O segundo tempo salvava a cara do clássico, mas longe de torná-lo inesquecível.
E o 0 a 0 ficou melhor para os visitantes que para os anfitriões, ainda virgens em clássicos na temporada.
O próximo será contra o São Paulo, no Morumbi.
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