Topo

Blog do Juca Kfouri

Vasquinho na final com justiça

Juca Kfouri

22/01/2019 23h45

Em 17 minutos, num escanteio pela direita e outro pela esquerda, ambos com desvios corintianos, o Vasco fez 2 a 0 no Corinthians e mostrou quem mandava na Arena Barueri para chegar à final da Copa São Paulo.

Não foram gols por acaso.

Foram buscados desde o início do jogo, com os cariocas muito mais agressivos e dispostos a lutar pelo bicampeonato.

Lucas Santos e Tiago Reis, autor do 1 a 0, são dois atacantes promissores para serem cuidados com carinho em São Januário.

Bruno Gomes, no meio de campo, também parece precioso.

Mesmo com a vantagem precoce, o Vasquinho, em noite de Vascão, seguiu em busca de mais gols diante de um perplexo Timãozinho.

Dono da melhor defesa da Copinha, apenas três gols sofridos em sete jogos, nem assim o time carioca tratou de se defender.

Durante todo o primeiro tempo o Alvinegro criou apenas uma chance de gol, escandalosamente desperdiçado por Nathan que, nos acréscimos, em outra cobrança de escanteio, diminuiu para 2 a 1.

O que parecia liquidado, não estava. Tinha o segundo tempo todo pela frente.

Só que o Vasco começou o segundo tempo na mesma pilha do primeiro e logo aos 7' teve a chance de ampliar, mas Lucas Santos bateu um pênalti nas alturas.

O castigo veio a cavalo, nos minutos seguinte, com Nathan empatando de peixinho: estava decretado o 2 a 2.

O gás que a Fiel não conseguira dar até então, a perda da penalidade deu, a torcida acendeu e o time correspondeu.

O Vasco sentiu e o jogou se equilibrou.

O resultado passou a ser imprevisível.

Aos 28', Fabrício Oya quase fez o gol da virada, de fora da área, diante de 11 mil torcedores, desta vez com ingressos pagos.

João Pedro também teve a chance de recolocar o Vasco na frente, aos 31', em lance proporcionado pelo árbitro, porque a bola bateu nele na saída de bola dos paulistas.

No minuto seguinte, uma bola na trave corintiana ainda bateu no goleiro Diego e saiu a escanteio, num lance de pura sorte alvinegra e azar cruzmaltino.

Aos 38', Ulisses, de letra, faria um gol de placa, mas Diego impediu, depois de linda jogada de João Pedro pela direita, na linha de fundo.

O Vasco voltava a merecer uma vantagem que teimava em não lhe sorrir.

E vieram os pênaltis, garantia de torcida única do São Paulo na final.

O Vasco disputará sua terceira final, em busca do bicampeonato.

Ganhou por 4 a 3 nos penais.

Derrotado , o único consolo para o Timãozinho está em saber que se enfrentasse o São Paulo provavelmente seria batido pelo rival.

** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do UOL

Sobre o Autor

Juca Kfouri é formado em Ciências Sociais pela USP. Diretor das revistas Placar (de 1979 a 1995) e da Playboy (1991 a 1994). Comentarista esportivo do SBT (de 1984 a 1987) e da Rede Globo (de 1988 a 1994). Participou do programa Cartão Verde, da Rede Cultura, entre 1995 e 2000 e apresentou o Bola na Rede, na RedeTV, entre 2000 e 2002. Voltou ao Cartão Verde em 2003, onde ficou até 2005. Apresentou o programa de entrevistas na rede CNT, Juca Kfouri ao vivo, entre 1996 e 1999 e foi colaborador da ESPN-Brasil entre 2005 e 2019. Colunista de futebol de “O Globo” entre 1989 e 1991 e apresentador, de 2000 até 2010, do programa CBN EC, na rede CBN de rádio. Foi colunista da Folha de S.Paulo entre 1995 e 1999, quando foi para o diário Lance!, onde ficou até voltar, em 2005, para a Folha, onde permanece com sua coluna três vezes por semana. Apresenta, também, o programa Entre Vistas, na TVT, desde janeiro de 2018.

Colunas na Folha: https://www1.folha.uol.com.br/colunas/jucakfouri/