Vasquinho na final com justiça
Em 17 minutos, num escanteio pela direita e outro pela esquerda, ambos com desvios corintianos, o Vasco fez 2 a 0 no Corinthians e mostrou quem mandava na Arena Barueri para chegar à final da Copa São Paulo.
Não foram gols por acaso.
Foram buscados desde o início do jogo, com os cariocas muito mais agressivos e dispostos a lutar pelo bicampeonato.
Lucas Santos e Tiago Reis, autor do 1 a 0, são dois atacantes promissores para serem cuidados com carinho em São Januário.
Bruno Gomes, no meio de campo, também parece precioso.
Mesmo com a vantagem precoce, o Vasquinho, em noite de Vascão, seguiu em busca de mais gols diante de um perplexo Timãozinho.
Dono da melhor defesa da Copinha, apenas três gols sofridos em sete jogos, nem assim o time carioca tratou de se defender.
Durante todo o primeiro tempo o Alvinegro criou apenas uma chance de gol, escandalosamente desperdiçado por Nathan que, nos acréscimos, em outra cobrança de escanteio, diminuiu para 2 a 1.
O que parecia liquidado, não estava. Tinha o segundo tempo todo pela frente.
Só que o Vasco começou o segundo tempo na mesma pilha do primeiro e logo aos 7' teve a chance de ampliar, mas Lucas Santos bateu um pênalti nas alturas.
O castigo veio a cavalo, nos minutos seguinte, com Nathan empatando de peixinho: estava decretado o 2 a 2.
O gás que a Fiel não conseguira dar até então, a perda da penalidade deu, a torcida acendeu e o time correspondeu.
O Vasco sentiu e o jogou se equilibrou.
O resultado passou a ser imprevisível.
Aos 28', Fabrício Oya quase fez o gol da virada, de fora da área, diante de 11 mil torcedores, desta vez com ingressos pagos.
João Pedro também teve a chance de recolocar o Vasco na frente, aos 31', em lance proporcionado pelo árbitro, porque a bola bateu nele na saída de bola dos paulistas.
No minuto seguinte, uma bola na trave corintiana ainda bateu no goleiro Diego e saiu a escanteio, num lance de pura sorte alvinegra e azar cruzmaltino.
Aos 38', Ulisses, de letra, faria um gol de placa, mas Diego impediu, depois de linda jogada de João Pedro pela direita, na linha de fundo.
O Vasco voltava a merecer uma vantagem que teimava em não lhe sorrir.
E vieram os pênaltis, garantia de torcida única do São Paulo na final.
O Vasco disputará sua terceira final, em busca do bicampeonato.
Ganhou por 4 a 3 nos penais.
Derrotado , o único consolo para o Timãozinho está em saber que se enfrentasse o São Paulo provavelmente seria batido pelo rival.
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