Santos, Ferroviária e a saudade
Eu era criança e tinha um vizinho santista, apaixonado pelo time de Dorval, Mengálvio, Coutinho, Pelé e Pepe.
Eis que em 1957, na Fonte Luminosa, a Ferroviária vencera o Santos por 3 a 2, num jogo cantado em prosa e verso por quem viu como um dos melhores do ano.
Um ano depois, jogo marcado para a Vila Belmiro, seu Francisco me convidou para ir ver a revanche.
E o Santos ganhou de 4 a 3, noutro jogaço, daqueles de fazer uma criança não esquecer jamais.
Em 1960, os dois times se enfrentaram duas vezes.
Em Araraquara, 4 a 0 para a Ferroviária; em Santos, 5 a 0 para o Santos.
Era uma festa.
O goleiro Rosan, o meio campista Dirceu, Dudu, que depois fez dupla histórica com Ademir da Guia na Academia palmeirense, o ponta-direita Faustino, depois do São Paulo, o meia Bazzani, depois do Corinthians, o centroavante Baiano, são nomes imortais em Araraquara.
Rosan é o goleiro na foto e Dirceu é o careca em pé; Faustino, Dudu, Bazzani e Baiano são os quatro primeiros agachados sempre da esquerda para direita
Hoje Santos e Ferroviária se enfrentaram na Vila pela primeira rodada do Paulistinha, diante de 8.616 pagantes.
A Ferroviária, em treinamento desde meados de dezembro, conseguiu segurar o 0 a 0 contra o Santos de Jorge Sampaoli, já sem Bruno Henrique, cedido ao Flamengo, até os 33 minutos do segundo tempo, quando Jean Mota fez o gol da justa vitória santista.
Não dá para tirar conclusão alguma do que se viu, além da preocupação praiana em ficar com a bola como quer o treinador argentino.
Mas deu uma saudade…
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